No blog de Josias
Esnobado por PSDB e DEM, o MDB reúne sua Executiva Nacional na terça-feira (26) para discutir o seu papel na sucessão presidencial. Num instante em que a maioria dos hipotéticos aliados do governo Temer oscila entre o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin ou uma composição com Ciro Gomes, o partido do presidente deve reafirmar a candidatura presidencial de Henrique Meirelles.
Com uma taxa de intenção de votos de apenas 1% no último Datafolha, Meirelles está longe, muito longe de ser uma unanimidade no MDB. Mas os principais caciques da legenda avaliam que é melhor ser representado na campanha por alguém que se disponha a defender a agenda econômica da administração Temer do que se abster de lançar um candidato ao Planalto.
Temer defendia que o MDB participasse de uma articulação para a escolha de um candidato único de ”centro”. Não descartava a hipótese sacrificar a postulação de Meirelles. Mas não há na praça candidato ou partido que queira grudar sua imagem na impopularidade de 82% da gestão Temer. Assim, Meirelles vai prevalecendo graças à falta de melhor alternativa.
Além de Temer, passaram a defender a manutenção de Meirelles no páreo os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), além do senador Romero Jucá, presidente do partido. Confirmando-se o apoio dessa turma radioativa, Meirelles pode prevalecer na convenção nacional do MDB, no final de julho. Mas entrará na campanha com um desafio hercúleo: carismático como uma pedra de gelo, terá de convencer o eleitor de que o benefício de sua eleição compensa o custo de manter no poder seus apoiadores atômicos.
Comentário do programa – O apoio de Temer e a defesa do seu governo só vai atrapalhar um candidato que em outras circunstâncias podia competir vantajosamente com outras figuras de menor expressão e menor experiência administrativa. (LGLM)