(Jozivan Antero – Patosonline.com)
Os servidores públicos efetivos que são lotados no Hospital Regional de Patos foram pegos de surpresa ao verificarem que os seus vencimentos neste mês de julho de 2018 foram reduzidos.
O Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria do Estado da Saúde (SES), retirou a produtividade que estava presente nos contracheques. Os valores retirados variam entre R$ 220,00 até R$ 800,00 e revoltou os servidores.
Até o momento, não houve nenhuma justificativa para tais cortes e os servidores buscam o retorno dos valores retirados. De acordo com relatos, os funcionários buscaram respostas da GERIR, empresa que administra de forma terceirizada o Hospital Regional de Patos, porém, até esta terça-feira, dia 31, nada foi resolvido.
“Ninguém diz nada! Dizem que vão resolver, mas até o momento nada foi resolvido. O nosso salário já é pouco para muito trabalho, e agora ficou ainda pior. Quando essa empresa veio para cá disseram que não ia ter redução de salário, mas teve. Aqui piorou foi tudo…e agora mais essa”, relatou um técnico que pediu para não ser identificado.
A reportagem entrou em contato nesta segunda-feira, dia 30, com a assessoria de comunicação da GERIR em busca de respostas para tal ação, no entanto, até a noite desta terça-feira (31), nenhuma explicação foi dada.
Comentário do programa – A mudança de uma administração pública para uma administração privada, como a que houve, no Hospital Regional de Patos, vai trazer sempre muitos outros conflitos semelhantes a esse. Exigência de cumprimento de horário, contra certa informalidade que reina no setor público; pagamento de vantagens quando existe a contrapartida de uma prestação de serviço, como horas extras, insalubridade, periculosidade, abono de trabalho noturno e produtividade. E assim por diante. No serviço público é comum pagar produtividade, muitas vezes graciosamente, sem que haja um aumento de produtividade. Não sei o que está acontecendo no caso que provocou esta matéria, mas é muito comum fatos iguais. Na empresa privada, só se recebe comissão ou produtividade se se alcançam determinadas metas. Quem não as cumpre não recebe. Daí muitas vezes, o choque que acontece quando há mudanças na administração, principalmente de público para privado, como é o caso. Foi o que aconteceu quando a Maternidade teve a administração terceirizada, fato que acompanhamos de perto na fiscalização. Muitos funcionários efetivos do Estado pediram para ir para o Regional ou o Infantil, por conta das pressões que diziam sofrer na Maternidade. Aliás, não precisa nem mudar de público para privado. Basta um diretor mais exigente assumir, para muita gente se ressentir das mudanças. Quando determinados vícios são combatidos, todo mundo grita. Quem não se lembra da administração do Dr. Ivanes Lacerda no Hospital Regional. Quando ele iniciou o combate a vários vícios existentes ali, a grita foi geral. Ainda hoje tem gente que tem queixa dele. As despesas com alimentação, por exemplo, caíram pela metade, denunciando desvios na alimentação. As despesas com medicamentos também caíram, mostrando que havia uma utilização de remédios superior à necessidade. Não que os outros diretores fossem desonestos. É que alguns são mais cuidadosos do que outros ou fiscalizam melhor o resultado da aplicação dos recursos. Em administração, pública ou privada, tem-se que confiar, desconfiando. Se não fizer isso pode se dar mal. (LGLM)