(Patos Online)
O secretário de Agricultura de Patos, João Paulo, falou à imprensa local nesta terça-feira (14), e na ocasião explicou que os agricultores que comercializam produtos na feira noturna da agricultura familiar da cidade de Patos, realizada na praça Getúlio Vargas, no centro de Patos, estão inseguros de continuar devido ao problema da violência nas suas comunidades rurais.
Recentemente esses agricultores tiveram que suspender a realização da feira, até que essa questão da insegurança seja resolvida nas localidades onde residem, pois o receio deles é deixar suas residências vazias durante a noite, correndo o risco de serem roubados.
O secretário ainda comentou que juntamente com o vereador Ferré Maxixe, tem lutado para tentar resolver a questão, inclusive solicitando o retorno das rondas da Patrulha Rural da Polícia Militar. Ele ainda pontuou que sabe do bom trabalho da polícia, e que devido a uma questão de contingente, o serviço da segurança não está sendo satisfatório nas comunidades rurais de Patos.
Apesar da suspensão da feira noturna, a feira da agricultura familiar continua na cidade de Patos apenas pela manhã na quinta-feira, próximo à Feira da Troca, e também no sábado no distrito de Santa Gertrudes.
Comentário do programa – Seria interessante saber em que comunidades isto está ocorrendo com mais frequência. Até como uma forma de identificar de onde partem os marginais que praticam estes furtos (já que praticados na ausência dos moradores). Lembro-me que há uns trinta anos arrendei uma pequena propriedade rural na chamada Serrota dos Campos e os moradores tinham medo de vir para a feira na segunda-feira, porque meliantes da periferia de Patos faziam incursões e roubavam o que encontrasse fácil nas residências da região. Meu tio Inácio Paca, para quem eu arrendara o terreno, desistiu de morar no local, justamente por isso. Quando adquiri minha granjazinha Asa Branca, em São José do Bonfim, uns vinte e cinco anos atrás, a região era tranquila, a ponto de dormirmos no alpendre da casa, nas noites de calor. Depois começaram a acontecer furtos de bombas dágua, de fiação, de gado, coincidentemente, depois de aparecerem moradores da periferia de Patos, que passaram a residir na região. Só a presença das patrulhas rurais consegue diminuir estas incursões, mas infelizmente o contingente da PM não tem sido suficiente para isso, apesar dos esforços empreendidos. Os marginais, na maioria das vezes, são mais ágeis do que a polícia, até por que têm a seu favor o fator surpresa. (LGLM)