(Painel da Folha)
Aliados de Michel Temer avisam que o Planalto não ficou satisfeito com a ofensiva patrocinada pela campanha de Henrique Meirelles (MDB) sobre a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) no Tribunal Superior Eleitoral. Nem o presidente nem seus principais auxiliares foram consultados a respeito da estratégia. Eles avaliam que a ação judicial tende a ser ineficaz e que criará desgaste desnecessário entre o governo e os partidos do centrão, que dão sustentação à base de Temer no Congresso.
Os aliados de Temer dizem que nem João Henrique Sousa, homem de confiança do presidente e coordenador político da campanha presidencial de Meirelles, foi ouvido. Em conversas privadas, Temer disse duvidar que o TSE desmonte a coligação tucana com base apenas em falhas formais.
Como o Painel mostrou na sexta (17), a campanha de Meirelles identificou erros na documentação apresentada ao TSE por siglas que apoiam Alckmin. A impugnação já foi feita. Advogados eleitorais e ex-integrantes da corte concordam com a opinião de Temer e acham improvável o tribunal levar a questão adiante.
Comentário do programa – Na realidade, o grande temor de Temer é melindrar o Centrão, praticamente única base política que lhe resta no Congresso, esquecendo que o Centrão está traindo Alkmin pelo país afora, como vimos na matéria anterior. Aliás, o grande erro de Alkmin é estar mais preocupado em agradar aos empresários do que mostrar preocupação com os trabalhadores, esquecendo que estes são a grande maioria do país. Ao acenar com a extinção do Ministério do Trabalho, Alkmin está fazendo o jogo dos empresários a quem a atuação do Ministério do Trabalho, principalmente através da fiscalização dos seus auditores, incomoda. (LGLM)