(Fábio Zanini e Leandro Colon, Editor de Poder e Diretor da Sucursal de Brasília)
Candidato a vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse que o 13º salário é uma “jabuticaba brasileira”, uma “mochila nas costas dos empresários” e “uma visão social com o chapéu dos outros”. (Ele criticou também o pagamento do terço de férias) A reação de Bolsonaro foi imediata, desautorizando o vice. Segundo o deputado, a crítica ao 13º salário, além de uma ofensa a quem trabalha, é um desconhecimento da Constituição. Mourão afirmou ainda que é preciso “procurarmos formas de renegociarmos os juros da dívida pública”, iniciativa que seria parte de ajuste fiscal, a contenção de gastos do governo.
Comentário do programa – Mourão alegou que o 13º salário é uma “jabuticaba brasileira”, ou seja que é uma fruta que só existe no Brasil. Mas ao contrário do que diz o General, que parece não ser muito afeito à leitura, o 13º existe em vários países do mundo como Argentina, Espanha, Colômbia, Itália, México, Panamá, Peru, Portugal e Uruguai. Apesar de Bolsonaro tentar desautorizar o seu vice (o capitão “puxou as orelhas” do general), ele mesmo, Bolsonaro, defende a extinção do Ministério do Trabalho, que por fiscalizar as empresas e evitar muitos desrespeitos à legislação, incomoda os empresários que vivem defendendo a extinção do Ministério do Trabalho, também objeto de críticas de Alkmim. Ou seja, um governo de Bolsonaro não seria inimigo apenas de mulheres, gays, negros e índios, mas também dos trabalhadores de modo geral. Quem quiser que vote em Bolsonaro, eu jamais votarei. (LGLM)