(Jozivan Antero, no Patos Online)
As ruas do centro da cidade de Patos ficaram repletas de jovens estudantes que levaram a sua energia em busca da educação pública, gratuita e de qualidade. O ato dos estudantes modificou a paisagem na manhã desta quinta-feira, dia 18, e chamou a atenção da sociedade.
A mobilização foi encabeçada pela Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES) e contou com o apoio do Grêmio 28 de Março, tendo a participação também dos estudantes da Escola Estadual Monsenhor Manuel Vieira (CEPA), da Escola Estadual José Gomes Alves (Bairro Jatobá), Escola Estadual Coriolano de Medeiros (Bairro Santo Antônio) e da Escola Estadual Rio Branco (Centro).
Por volta das 07h00, os estudantes já estavam concentrados na Praça Edivaldo Mota e depois saíram em caminhada pelas ruas Epitácio Pessoa, Solon de Lucena, Praça Frei Martinho, Rua do Prado e encerram o ato na Praça do CEPA, onde lideranças juvenis fizeram uso da palavra e denunciaram o descaso com a educação.
Os representantes da Escola Estadual Monsenhor Manuel Vieira, o CEPA, cobram instalação do sistema de ar-condicionado nas salas de aula, melhorias no refeitório, ampliação dos banheiros e valorização dos professores e funcionários. Matheus Pereira, presidente do Grêmio 28 de Março, relatou que se espera uma melhoria na escola há dois anos, porém, até o momento, as adequações estão sem acontecer como prometido pelo Governo do Estado da Paraíba.
As reivindicações são as mesmas dos demais estudantes presentes na atividade. Várias escolas passaram a funcionar de forma integral, mas carecem da infraestrutura adequada para oferecer qualidade e conforto aos estudantes. Os organizadores do ato denunciaram a direção da Escola Coriolano de Medeiros. De acordo com as lideranças, a diretora impediu a participação cidadã dos estudantes e muitos não puderam comparecer.
Durante o uso da palavra, a presidente da APES, Vitória Ohara, fez duras críticas ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que segundo ela, propõe uma educação à distância em todos os níveis e por ter votado favorável ao congelamento dos investimentos em educação e saúde por 20 anos. No final da manifestação, os estudantes foram convidados para se manterem vigilantes diante do cenário político nacional. “A juventude tem um papel transformador. Querem nos impedir de lutar, de pensar, de falar e de agir, mas não vão conseguir, pois ser jovem é ser revolucionário”, relatou Ohara.
Comentário do programa – A ideia de educação à distância é uma das loucuras que saem da cabeça do capitão reformado. Será o fim da escola para os que não podem pagar o ensino particular. (LGLM)