(Coordecom)
Baixaria! Esse é o único adjetivo que pode ser usado, para definir a reunião convocada pela Câmara Municipal de Patos, na noite desta quarta-feira, 17, onde estiveram presentes, além dos vereadores, o prefeito interino, Bonifácio Rocha (PPS) e os representantes dos comerciantes do mercado da carne, da cidade de Patos.
Está semana, a reclamação de que o abate das reses, não foi autorizado pela direção do matadouro municipal, no feriado de 12 de outubro, o que acabou provocando o apodrecimento de parte da mercadoria, ganhou às redes sociais, e acabou sensibilizando o vereador Goia (PV), que pediu à casa que convocasse o prefeito interino, para debater as problemáticas do mercado da carne, e este assunto, em particular.
Atendendo ao chamamento da casa de Juvenal Lúcio de Sousa, o prefeito Bonifácio Rocha, justamente com o secretário da pasta, Eduardo Rabai, prontificou-se em ouvir os reclames dos marchantes, para poder avaliar os pleitos e encontrar uma solução para os problemas, estando os dois, na hora e local marcados.
A reunião, que foi aberta pelo presidente Sales Junior (PRB), transcorria normalmente, até que a palavra foi concedida ao vereador Gordo da Sucata (PV), que em tom desaforado, atacou verbal e moralmente, o prefeito de Patos, utilizando-se de um discurso cheio de ódio, floreado de expressões agressivas.
O vereador, visivelmente desequilibrado, chegou a atirar ao chão, um calhamaço de papel, que retirou do bolso, dizendo que solicitou uma ambulância da prefeitura, mas que esta não lhe foi concedida, porque estava sem combustível e que a culpa da deficiência da saúde era do gestor, desvirtuando o real motivo de estarem ali.
A cena, chocou os presentes, que lotavam o plenário da Câmara de Vereadores, fazendo com que o prefeito se retirasse da sala, acompanhado de seus assessores, o que acabou frustrando os marchantes que ficaram sem as respostas devidas, numa má conduta provocada pelos próprios vereadores.
O marchante, João Monteiro dos Santos, que falou em nome da categoria, disse que saiu da reunião insatisfeito e que estava ali para resolver um problema; ele condenou a atitude do vereador que fugiu do assunto, tumultuado a reunião e provocando a sua suspensão.
“Viemos aqui para solucionar um problema, juntamente com o poder público, sobre o que aconteceu no final de semana. Então, quando estavamos expondo as nossas falas, um cidadão vem, o vereador Gordo, foge do assunto e tumultua a reunião; tempo perdido mais uma vez para a gente, que não tem nenhuma solução; é isso que nós queremos cobrar, que essa comissão que foi tirada dos marchantes, se reuna novamente com prefeito, para nós conversarmos, já que nós saímos daqui sem nenhuma resposta”, solicitou o comerciante.
João Monteiro disse, ainda, que lamenta o que aconteceu, principalmente, por culpa dos vereadores que tiraram proveito, dos que estavam presentes, para badernar.
“Gostaria de deixar bem claro que, quem acabou a assembleia não fomos nós, comerciantes de carne; e, sim, as pessoas que usaram a palavra e fugiram do assunto”, declarou João Monteiro.
COMISSÃO DE COMERCIANTES DO MERCADO DA CARNE SERÁ RECEBIDA PELO PREFEITO
Na saída da reunião, o de prefeito Bonifácio Rocha, garantiu que vai receber uma comissão, formada por representantes da categoria, em seu gabinete, na manhã desta quinta-feira, dia 18, para repassar de forma legítima, a posição da prefeitura diante do episódio; além das medidas emergenciais que serão tomadas, para resolver os problemas do mercado da carne e do matadouro municipal, fato confirmado pelo procurador do município, Jonas Guedes.
“Essa fala de agressividade fez com que acabasse, realmente a reunião; eu acho que nós não estamos preparados para receber esse tipo de ataque, por parte de um vereador que deve todo o seu respeito ao prefeito, pois foi ele quem chamou o prefeito aqui e o prefeito teve a boa vontade de conversar com os marchantes e a população; nós estamos, agora, com o posicionamento de conversar com os marchantes, para resolver os problemas; ouvimos a anotamos, e a partir de agora vamos sentar com eles e tentar solucionar”, finalizou, o procurador.
Comentário do programa – Diz a sabedoria popular que cada povo tem os representantes que merece. Não sei qual foi o pecado cometido pela cidade de Patos, porque, ao meu ver, não somos tão ruins para termos uma câmara de vereadores do nível da atual. Talvez não haja hoje em Patos vereadores, em quantidade que que encha os dedos de uma mão, que estejam ao nível que devia merecer a nossa cidade. Os vereadores de Patos, em grande parte, estão revoltados com o prefeito interino por uma razão que muita gente não sabe. É que dezenas dos comissionados e contratados, demitidos recentemente pelo prefeito, foram nomeados e contratados por indicação da maioria dos vereadores. Segundo se comenta, houve vereador que chegou a indicar quinze parentes e cabos eleitorais para cargos e contratos na Prefeitura, daí a razão de sua revolta. E ainda se fala em uma ajuda financeira, espécie de “mensalinho” que a administração, vinha concedendo todo mês a alguns vereadores e que Bonifácio teria deixado de dar. Alguns deles chegaram a reclamar de público por essa ajuda financeira que deixaram de receber. Por conta disso, já se fala nos corredores da Câmara de Vereadores, em promover um processo de impeachment contra Bonifácio Rocha, no início do próximo ano, para destitui-lo da Prefeitura. Com isso haveria uma eleição indireta para os vereadores elegerem quem eles bem quisessem. Claro que isso só vingaria se Dinaldinho também não retornasse. O complô teria inclusive o incentivo de parte do grupo defenestrado da Prefeitura em 2016. Vamos ficar de olho no comportamento dos senhores vereadores daqui para a frente. Vamos ver com que interesses eles estão preocupados. Se com os deles e de seus “patrões” ou com os interesses da população. Todo mundo em Patos conhece Bonifácio Rocha, e muita gente já conhece a história dos nossos vereadores. Há quem diga, que os vereadores convocaram Bonifácio a comparecer à Câmara para discutir um simples problema administrativo do Matadouro, quando a cidade tem tantos problemas sérios para resolver, como uma armadilha para pressionar o prefeito. Depois da repercussão negativa “da peça que pregaram no prefeito”, vieram os pedidos de desculpas. A cidade de Patos vai ficar alerta daqui para a frente. (LGLM)