INSS corta 8 em cada 10 auxílios-doença de reavaliados em pente-fino (com comentário)

By | 03/11/2018 11:02 pm

 

Desde agosto de 2016 , foram realizadas 1.124.789 perícias no país, segundo o órgão

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) cortou o auxílio-doença de 8 em cada 10 trabalhadores que passaram por uma perícia de revisão realizada pelo órgão.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, desde agosto de 2016, quando começou o pente-fino nos benefícios, foram realizadas 1.124.789 perícias no país.

Dos 464,4 mil trabalhadores que recebiam o auxílios-doença e que passaram por nova análise médica determinada pelo INSS, 359,5 mil foram cortados, ou 77% do total.

 

No caso das aposentadorias por invalidez, os cortes são menos frequentes. De 679,5 mil aposentados avaliados pelo instituto, 192,6 ficaram sem a renda (28% deles).

Também foram cancelados 73,7 mil benefícios de segurados que foram convocados pelo INSS, mas que não compareceram à perícia.

Os convocados são chamados por cartas enviadas aos seus endereços. Quem não responde é convocado por publicação no Diário Oficial.

Há ainda 60 mil casos de auxílios e aposentadorias que foram cortados por outros motivos, como morte do segurado e decisões judiciais que encerravam o pagamento.

Segundo os cálculos do Ministério do Desenvolvimento Social, a economia com os cortes é de R$ 13,8 bilhões. A expectativa do governo é que as perícias médicas do pente-fino terminem até o mês que vem –ainda restam 16,8 mil benefícios de auxílio-doença e 94,7 mil aposentadorias por invalidez a serem revistas.

Para o advogado Rômulo Saraiva, o objetivo principal da operação é cessar benefício de segurados que têm capacidade laboral, ou seja, que já podem regressar ao trabalho. Porém, afirma, há um número expressivo de pessoas em tratamento e ainda incapazes que também tiveram o benefício cortado.

Nesses casos, a recomendação é ir à Justiça para tentar recuperar o pagamento. Para especialistas, as perícias judiciais e do INSS também podem ter avaliações diferentes na hora de definir se há ou não incapacidade para o trabalho.

 

Saiba o que fazer se for convocado

Quem for convocado pelo INSS para reavaliar o benefício deve marcar uma perícia pelo telefone 135 com ao menos um dos seguintes números de documentos:

  • CPF
  • PIS/Pasep
  •  Benefício

ATENÇÃO!

O agendamento da perícia é obrigatório para todos os convocados. Quem marca perícia e não comparece pode perder o benefício

O que levar à perícia

  • Laudo médico com a descrição da doença, tratamento e efeitos colaterais da medicação
  • Exames como radiografias acompanhados dos seus respectivos laudos técnicos
  • Comentário do programa – Chamamos a atenção dos que têm benefício do INSS, seja aposentadoria comum, seja aposentadoria por invalidez, seja auxílio doença, para o risco de ter seu benefício suspenso ou cancelado. Os aposentados por idade são, de tempos em tempos, convocados para apresentar “a prova de vida”. Ou seja, se apresentarem para provarem que estão vivos. Ou então, se não puderem se locomover, pedirem a presença de um funcionário do INSS para ver que eles estão vivos. Os aposentados por invalidez ou que recebem auxilio doença estão sendo convocados para fazer perícia. Se você não recebeu a convocação para fazer “prova de vida” ou fazer perícia é bom procurar o INSS para saber se por acaso não foi convocado. Você tanto pode ir a uma agência do INSS ou entrar em contato pelo 135 para saber se não precisa fazer “prova de vida” ou se submeter a perícia. O problema é que muitas vezes a pessoa é convocada, mas não recebe a carta do INSS. Em seguida, o INSS convoca por edital ou pela imprensa e a pessoa também não fica sabendo. Nestes casos você pode ter seu benefício suspenso ou cancelado. E uma vez cancelado o benefício, você vai penar para voltar a receber. Uma tia minha, com mais de 90 anos, demorou a fazer “prova de vida” e, depois que fez, passou quase oito meses para voltar a receber.  Só não morreu de fome porque a família a ajudou. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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