Por Genival Junior Quinta-Feira – 1 de Novembro de 2018
Em reunião, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (1/11), o prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha, deu posse ao novo secretário municipal de saúde, Davi Nunes Paz.
Na solenidade, que aconteceu no gabinete oficial do prefeito, estiveram presentes, além do prefeito Bonifácio Rocha e da primeira Dama Nilma Medeiros, o novo titular da pasta, Davi Nunes e o ex-secretário Wendel Palmeira, que permaneceu na função por quase três meses.
“A gente está muito feliz por essa transição. Davi será o secretário e Wendel ficará assessorando por conhecer os trâmites da secretaria. A gente espera muito sucesso nessa nova etapa da Secretaria de Saúde, prestando o serviço que a população merece”, disse o chefe do executivo patoense.
Para o novo secretário de saúde, Davi Nunes, conduzir a pasta representa um grande desafio, tendo em vista a necessidade existente por serviços de qualidade para uma parcela importante da população patoense.
“É um grande desafio não só para Patos, mas para toda a região. Somos uma cidade estratégica que deveríamos estar com um sistema bastante consolidado e ele ainda é muito frágil. Agente chega procurando trabalhar com o Estado, com a União, com a iniciativa privada, e o mais importante de tudo é estabelecer uma parceria com o cidadão patoense, em busca de melhorias na qualidade do serviço”, comentou o novo gestor da pasta.
O ex-secretário, Wendel Palmeira, avaliou de forma positiva o período em que esteve à frente da secretaria e considerou às dificuldades financeiras como o principal obstáculo para a sua permanência na pasta.
“Foram 75 dias de muito trabalho e muito esforço. Sentíamos que a dificuldade na. Secretaria de Saúde era grande, mas não sabíamos a realidade da secretaria. As dívidas existentes chegam à mais de R$ 3 milhões de reais, e não deixaram que fizéssemos a sistematização e operacionalização do nosso trabalho”, finalizou o ex-secretário Wendel Palmeira.
Comentário do programa – A saída de Wendel Palmeira da Secretaria de Saúde é uma grande perda para a atual administração, já que se trata de um dos melhores quadros de que dispõe. Mas cada um sabe onde o sapato aperta. Wendel conhece profundamente a estrutura de que o município dispõe, sabe que desafios teria a enfrentar, mas tinha diante de si o grande obstáculo: a falta de dinheiro. Uma grande dívida com fornecedores que limita a ação de qualquer um. O novo secretário tem experiência na área e vai enfrentar alguns desafios. Um deles é se deve ou não manter a UPA Dr. Otavio Pires de Lacerda na plenitude de seu funcionamento atual A despesa mensal com a UPA chega perto de um milhão de reais o que quase a inviabiliza. Outro gasto alto é com a manutenção de todos os postos médicos. Não sei até que ponto seria viável criar postos regionais com todo o atendimento, mantendo os demais com um funcionamento mais reduzido para reduzir os gastos. São opções que devem ser estudadas como forma de reduzir os custos, sem deixa a comunidade descoberta de atendimento. Com relação ao papel destinado a Wendel Palmeira, uma sugestão: Por que não fazer dele, novamente, secretário adjunto? Seria uma forma de aproveitar todo o conhecimento que ele tem da área e mantê-lo disponível para assessorar o Secretário. Voltando à questão da UPA, a gente sabe que ela é o cartão de visita da cidade na área de saúde, desafogou em muito o atendimento do Hospital Regiona, mas custa muito caro. Por que a administração de Chica Motta não a pôs para funcionar? Por que Lenildo só a pôs a funcionar de forma precária? Pelo seu alto custo. Dinaldinho, como médico, viu o grande serviço que a UPA poderia prestar à saúde do município e da região e ousou pô-la a funcionar em sua plenitude. O alto custo financeiro do funcionamento da UPA a tornou praticamente inviável. Com finanças estagnadas, o município se vê em dificuldade, não só para enfrentar o problema da UPA e da saúde de modo geral, como de outras áreas da administração. Só com cortes profundos, muitos deles altamente antipáticos, Bonifácio Rocha conseguirá continuar administrando a cidade. Não só ele, como qualquer um que ocupe o lugar. Que não se enganem os aventureiros. (LGLM)