Vi nos últimos dias nas redes sociais manifestações de apreço de colegas ao Coordenador de Comunicação da Prefeitura, jornalista Misael Nóbrega. Entendo que não havia necessidade destas manifestações justamente porque Misael se impôs desde o início pela sua competência e profissionalismo. Exerceu cargos em administrações anteriores com a mesma competência com que exerce hoje. Sei o que ele está passando, por que passei pelos mesmos problemas durante o ano de 2017, quando coordenei o setor. O cargo é sempre objeto de cobiça e de inveja. Mas só sabe a responsabilidade que cabe ao coordenador quem exerceu a função. Os meios são reduzidos. E ele está trabalhando em situação pior do que a que encontrei desde o início. Sua equipe foi reduzida e ele tem que se desdobrar para dar conta do recado. É motorista, é repórter, é jornalista, é revisor, é editor, é fotógrafo. E tem sofrido críticas como eu sofri no ano que ali passei.
Muitos colegas acham que na coordenação temos uma vida mansa. Mero engano. Primeiro, o coordenador não tem horário de trabalho. Tem que ficar “no ar” as vinte e quatro horas do dia e os sete dias da semana. Uma das razões para ter me alegrado quando saí da função. Segundo, a remuneração que recebemos não é condizente com a responsabilidade que temos, embora Misael tenha conseguido justo aumento na sua remuneração. Terceiro, porque os partidários da administração esperam de nós que a blindemos das denúncias e reclamações ou que tenhamos justificativa para todas elas. E, por fim, há uma expectativa dos colegas de profissão de que temos acesso à chave do cofre para distribuir “milho” aos colaboradores de todos os veículos. Isto é, por sinal, um dos motivos maiores das críticas que recebemos. Alguns colegas andaram recebendo alguns “agrados” de outros “escalões” e parece que a falta destes agrados tem exacerbado os ânimos contra o atual coordenador.
A responsabilidade do coordenador é muito grande. Tem que mostrar o lado bom da administração. Mas não pode se transformar num defensor intransigente da administração. Se o fizer perde a credibilidade diante do público e diante dos colegas de imprensa. Que a defendam os secretários, que a servem, os advogados e assessores jurídicos. O coordenador tem que “dourar a pílula” muitas vezes, justificar alguma coisa errada que aconteça, mas não pode mentir. Infelizmente muita gente acha que devmose agir assim. E nos critica quando não o fazemos. Recebi também críticas destas durante minha permanência no cargo. Misael tem um grande patrimônio profissional que é a sua capacidade intelectual e o excelente relacionamento que têm com a maioria dos colegas de profissão em exercício na cidade. Poucos têm um patrimônio igual ao dele, o que também provoca ressentimentos. Não fosse o respeito profissional e o bom relacionamento com os colegas de imprensa ele não vinha conseguindo exercer a sua função com o sucesso que vem obtendo, apesar dos meios reduzidos de que dispõe. Entendemos que a administração está bem servida com ele na Coordenação de Coordenação. Temos muitos outros colegas competentes, mas nem todos têm o trânsito fácil que Misael tem na categoria e o respeito que ele inspira, o que facilita a divulgação dos materiais produzidos pela Coordenação. O que é essencial para uma administração que não “nada” em dinheiro. A falta de “milho” indispõe muita gente contra quem representa a administração na área de comunicação. Muitas vezes os materiais remetidos não são divulgados ou, ao contrário servem de motivo para críticas. Os que criticam Misael hoje são os mesmos que me criticavam antes mesmo de iniciar o meu trabalho. Tinha gente que dizia que eu não passaria três meses no cargo. Consegui passar um ano. E ainda fui consultado sobre quem deveria me suceder. Não me arrependendo, até hoje, da sugestão, para mim, a natural. A coordenação de Comunicação está em boas mãos. E Bonifácio teve sabedoria para entender isso e manter Misael. A coordenação precisa de um profissional com competência e crédito perante a comunidade e a categoria, o que não tem faltado a Misael. O prefeito não precisa de mais um “puxa-saco”. Precisa de um assessor, de um profissional de comunicação, com equilíbrio para atuar certo, no momento certo, muitas vezes dando sugestões que sua sensibilidade lhe inspira. Aos colegas que defenderam Misael pelas redes sociais muito obrigado pela ideia. Os que o criticam não o fazem pelo interesse da administração, mas pelo interesse em ganhar uma “boquinha”, um “cala-boca”, ou um lugar na foto oficial. (LGLM)