O presidente eleito fez série de exames de saúde nesta sexta (23) no Hospital Albert Einstein
(Débora Sögur Hous, da Folha)
Jair Bolsonaro se submeteu nesta sexta-feira (23) a uma série de exames pré-operatórios que encontraram uma inflamação e não o consideraram apto para a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia. A bolsa, que coleta suas fezes e gases, é uma decorrência do atentado a faca que ele sofreu em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro.
O procedimento ocorreria após a diplomação de Bolsonaro como presidente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), depois do dia 10 de dezembro. No entanto, segundo boletim médico, uma inflamação foi identificada, o que vai postergar a cirurgia para depois de sua posse, em janeiro.
O peritônio é uma membrana transparente que recobre toda a parede abdominal, incluindo o intestino grosso, órgão afetado pela facada que o presidente eleito sofreu. A cirurgia que Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso. É considerada uma cirurgia menos arriscada aos procedimentos que o presidente eleito já passou.
Essa inflamação no peritônio foi identificada pelos médicos em um dos exames que Bolsonaro fez no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), onde o presidente eleito deu entrada às 10h40 acompanhado da mulher Michelle Bolsonaro. Ele deixou o hospital às 13h25.
Segundo informações da Record TV, único veículo que teve livre acesso ao interior do hospital, Jair Bolsonaro fez um exame de sangue, para medir a capacidade do seu corpo de cicatrizar, e uma ressonância magnética. A assessoria do hospital não quis especificar a quais exames Bolsonaro se submeteu para demais repórteres.
Bolsonaro foi assistido pelos médicos Antonio Luiz Macedo, cirurgião, e Leandro Echenique, cardiologista. Ambos acompanham Jair Bolsonaro desde setembro, quando ficou internado no hospital por 22 dias.
Desde que obteve alta do hospital, no dia 29 de setembro, Jair Bolsonaro carrega a bolsa colada ao abdome, que fica aparente quando ele usa roupas mais claras. O presidente eleito tinha a intenção de ser empossado sem o objeto no corpo e chegou a tirar as medidas para o terno, vislumbrando a retirada da bolsa.
Comentário do programa – Se houver necessidade de afastamento de Bolsonaro, poderemos ter uma general na Presidência por algum tempo. (LGLM)