(Coordecom)
O procurador geral do município de Patos, Jonas Guedes, diz que as isenções fiscais pedidas pelo hospital metropolitano, empreendimento de iniciativa privada que pretende se instalar em Patos, devem ser analisadas com muita responsabilidade, para que se possa dar uma resposta legítima não só aos empreendedores, mas também à população sertaneja.
“Qualquer pendência identificada será repassada para os empreendedores para que eles tragam a solução de emenda ao projeto, para que após isso possamos aprovar a instalação do hospital, sem problemas jurídicos, visto que é um empreendimento privado e toda e qualquer renúncia de receita tem que ser bem justificada”, disse o procurador.
Segundo Jonas Guedes, será realizada uma audiência pública, na semana que vem, para que os donos do complexo possam expor, à população, quais os reais benefícios que esse empreendimento trará para a cidade de Patos, visto que muitos pensam que é um hospital público e que as pessoas vão ser atendidas sem pagar.
“O município vê com bons olhos esse empreendimento privado, mas devemos respeitar os trâmites jurídicos para que haja mais respaldo ao que está sendo pedido; e, principalmente, para que a população possa referendar esse projeto estamos realizando uma audiência pública, onde a população vai poder participar das decisões ouvindo dos donos do complexo sobre o que, de fato, eles vão oferecer em contra partida ao que está sendo pedido”, finalizou o procurador Jonas Guedes.
Comentário do programa – O procurador do município se refere à celeuma que tem causado na imprensa local o pleito de uma empresa que pretende construir um hospital na cidade de Patos e pleiteia determinadas concessões fiscais da Prefeitura de Patos. Inicialmente algumas perguntas. Que benefícios a Prefeitura de Patos concedeu ao Patos Shopping, ao Hipermercado Queiroz e ao Atacadão, para citar apenas os casos mais notórios de grandes empreendimentos implantados ou em fase de implantação em Patos nos últimos tempos? Assim como o dito Hospital Metropolitano são empresas que visam lucros e escolheram a cidade de Patos justamente porque ela pode oferecer a eles o lucro que visam suas empresas comerciais. Entendemos que será justo que se dê ao Hospital o mesmo tratamento que se deu aos outros empreendimentos. Os empresários do Hospital podiam ter escolhido Sousa, terra natal de alguns deles, para construir o Hospital. Escolheram Patos porque, pelos seus estudos e projetos, Patos era mais vantajoso em termos financeiros para o seu empreendimento. A mesma escolha que fizeram os empresários do grupo do Armazém Paraíba, do Atacadão e do Hipermercado Queiroz. A partir daí vamos discutir até que ponto vai o interesse da cidade pela implantação de mais um estabelecimento com fins lucrativos que pretende se implantar em Patos. Hospital privado tem a mesma finalidade de um shopping, de um hipermercado e de um grande atacadista. O lucro. Daí não ter sentido a cidade incentivar mais o lucro de um deles do que o de outro. O que se exige da administração municipal é renúncia de receita, de impostos e taxas, que o prefeito só pode praticar dentro do que a legislação lhe permite. Se ele cometer algum excesso pode responder por isso. E quem conhece Bonifácio Rocha sabe que ele não é irresponsável nem inconsequente. Tem muita gente agitando o assunto, seja na imprensa, seja no mundo político, inclusive na Câmara de Vereadores. Que interesses movem uns e outros? O simples interesse da cidade ou o interesse próprio? Vamos discutir o assunto com a comunidade, mas com responsabilidade, sem interesses mesquinhos de uma parte ou de outra. (LGLM)