“Há um movimento formado para desestabilizar a gestão”, afirma prefeito de Patos em coletiva (com comentário do programa)

By | 02/12/2018 5:45 am

 

(Patos Online)

 

 

Em uma espécie de desabafo, o prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha (PPS), convocou a imprensa local, e disse umas verdades, a supostos perseguidores da gestão. Rocha falou em um “movimento” formado para desestabilizar a gestão.

 

O prefeito classificou de “espetáculo denigrente” para a cidade de Patos e para a Câmara Municipal, a sessão tumultuada realizada na noite anterior (29), onde por 8×7 os vereadores aceitaram a abertura de uma investigação contra sua pessoa, por suposta irregularidade praticada.

 

Em tom de desabafo, Bonifácio disse que a população de Patos pode ficar tranquila, pois não vai desviar nenhum tostão dos cofres públicos para aliciar vereador para votar a seu favor.

 

O gestor afirmou que não quer o poder, por querer. Está naquele posto por uma determinação da Justiça, mas que pretende cumpri-la com honestidade e fidelidade.

 

Comentário do programa – Os vereadores estão incomodados com a administração do prefeito interino, Bonifácio Rocha, desde o início. Primeiro, a administração municipal tinha um sem número de comissionados e contratados de indicação dos senhores vereadores. Pais, mães, filhos, irmãos, primos, sobrinhos, cabos-eleitorais e até assessores para problemas pessoais. Com a necessidade de cortar gastos, Bonifácio Rocha exonerou a uns e rescindiu contratos de outros. Isto tem incomodado a maioria dos vereadores, já que isto rendia milhares de reais para os grupos familiares. Segundo, há uma tradição que vem de longe, de “ajudas-de-custo” pagas diretamente aos senhores vereadores, que Bonifácio Rocha se nega terminantemente a pagar. Seria uma espécie de “mensalinho” que alguns dos vereadores insistem em querer receber. Este “mensalinho” seria um benefício difícil de provar porque geralmente é pago em espécie e não deixa “rastro”. Com relação, aos comissionados e contratados a eles vinculados basta verificar nas relações constantes das folhas de pagamentos e fazer a identificação de cada um deles. Alguns vereadores, em entrevistas na imprensa, já chegaram a fazer referência a estes parentes e aderentes que teriam sido exonerados ou que tiveram contratos rescindidos. Este é o motivo de uma insatisfação dos senhores vereadores que já data do período da administração de Dinaldinho, a ponto de alguns vereadores da base terem votado contra determinadas matérias do executivo como forma de retaliação. O processo que a Câmara estaria instaurando, apesar de ter um cidadão sem mandato como promovente, teria, segundo se comenta, irregularidades na sua promoção, contrariando o regimento interno da Câmara, como o prazo para uso da tribuna da Câmara por um cidadão comum, o que demonstra que há interesse dos senhores vereadores na promoção do afastamento dos dois administradores. Vale ressaltar que no caso de haver, como pretendem, o afastamento de Dinaldinho e de Bonifácio, terá que haver uma eleição para um prefeito com mandato tampão. Eleição direta se o afastamento acontecer até o final do ano e eleição indireta se o afastamento acontecer no próximo ano. No caso de eleição indireta, votam apenas os vereadores, o que seria para eles “mão-na-roda”. No caso de eleição direta, o TRE convocaria o eleitorado do município. Num caso como no outro, o presidente da Câmara assumiria até que se realizasse a eleição do prefeito tampão. Um detalhe notável do interesse da Câmara é que a comissão processante só tem vereadores que aprovaram a abertura da investigação. Nas redes sociais temos visto inúmeras manifestações de internautas defendendo a atual administração e o ocupante do cargo, inclusive chamando a atenção para o fato de que alguns dos que apoiaram a abertura do processo serviram a administradores de mandatos anteriores que não conseguiram terminar o mandato ou que enfrentam processos por improbidade administrativa, sem nunca terem se manifestado sobre o assunto. Não esqueçam os senhores vereadores de que eles pretendem julgar Dinaldinho e Bonifácio, mas o povo de Patos estará julgando os acusadores de hoje até as próximas eleições. E o julgamento não tem sido favorável. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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