Não fiz campanha prometendo nada para ninguém, diz Bolsonaro sobre Magno Malta (com comentário do programa)

By | 02/12/2018 5:39 am

 

Presidente eleito diz que há espaço para o aliado em seu governo, mas não como ministro

(Carolina Linhares, na Folha)

 

Após as reclamações do senador Magno Malta (PR-ES) e de seu aliado, o pastor Silas Malafaia, por não ter sido contemplado no ministério de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente eleito afirmou que não prometeu nada a ninguém.

“Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém. Não temos como dar ministério para todo mundo. Gostaria, mas não seria producente”, disse.

 

Bolsonaro afirmou que há espaço para Malta no governo, mas não como ministro. Na opinião de Malafaia, o senador só não foi reeleito porque se dedicou à campanha de Bolsonaro.

O presidente eleito disse que Malta ajudou muito e que o respeita. “Ele não vai ficar abandonado, mas, por outro lado, ele tem como participar do governo em outra função.”

O presidente disse que a pastora e advogada Damares Alves, assessora do senador, é forte concorrente para assumir uma pasta. “Damares é forte concorrente para um ministério que se idêntica muito com ela, Família e Direitos Humanos”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que está fazendo diferente ao nomear seu ministério sem aceitar indicação de partidos, mas disse que atendeu a grandes bancadas, como a ruralista. As indicações partidárias, disse, levaram à corrupção e são uma forma que “deu errado”.

Segundo Bolsonaro, os militares futuros ministros são “pessoas técnicas, responsáveis e honestas”. “Não escolhi porque são militares, mas pelo seu passado, seu conhecimento.”

As declarações foram dadas à imprensa nesta sexta (30) durante visita à Comunidade Canção Nova, católica, em Cachoeira Paulista, a 200 km da capital. Antes disso, esteve em uma formatura de sargentos da Aeronáutica em Guaratinguetá (SP), cidade vizinha, e visitou o Santuário Nacional de Aparecida, também na região do Vale do Paraíba.

Bolsonaro disse respeitar todas as religiões e afirmou que foi até a basílica por ser cristão e católico. “O meu nome Messias veio por conta da gestação complicada da mãe, que era católica fervorosa.”

Ao lado de padres na Comunidade Canção Nova, se emocionou ao agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado a faca em Juiz de Fora (MG), durante a campanha.

“Sou sobrevivente. Aqui só estou por interferência de Deus”, afirmou. Bolsonaro disse ter pedido para que a filha de oito anos não ficasse órfã.

 

Comentário do programa – Demagogia no uso do sentimento religioso à parte, temos que dá razão a Bolsonaro. Tá todo mundo querendo arranjar uma “boquinha”, principalmente os derrotados. Magno Malta é um exemplo patente dos que “quebraram a cara”. Esnobou o convite para ser candidato a vicecê de Bolsonaro porque não acreditou que este tivesse chance de se eleger. O senador capixaba achava que tinha mais chance de se reeleger de que chegar a vice na garupa do capitão reformado. Agora tenta usar o prestígio do pastor Malafaia para “descolar” um Ministério. O Brasil talvez tenha terminado no lucro. Se livrou do subserviente Magno Malta e ganhou um vice que pode botar um cabresto no capitão. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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