A polêmica sobre o fechamento de turmas e turnos no ensino municipal da cidade de Patos ainda continua gerando diversos posicionamentos, sobretudo do SINFEMP, através do representante José Gonçalves, que vem se mostrando totalmente contrário a esta tendência.
Em mais uma entrevista a imprensa local, o sindicalista disse que conseguiu ter uma audiência com o prefeito interino Bonifácio Rocha para colocar em discussão todos os pontos inerentes ao tema.
De acordo com o que repassou, a reunião resultou em novos encontros que terão início na próxima quinta (20), com a presença de alunos, pais de alunos e professores, nas comunidades onde existe a possibilidade do fechamento de turmas e turnos. Gonçalves pontuou que o SINFEMP defende que nenhuma escola deve perder suas turmas e nem fechar turnos, muito menos nas creches municipais.
Sobre essa primeira reunião o prefeito interino Bonifácio Rocha disse que precisa apurar melhor a situação, e que as próximas reuniões terão a presença do sindicato, mas também da secretária de Educação, Socorro Chaves, para que todos juntos possam avaliar e tomar as medidas mais plausíveis para cada caso discutido.
Comentário do programa – A posição do vice-presidente do SINFEMP José Gonçalves defendendo que “nenhuma escola deve perder suas turmas e nem fechar turmas, muito menos nas creches municipais”, não pode ser taxativa. Concordo com que não se deve reduzir turnos nas creches, pois uma das finalidades das creches é liberar os pais para poderem trabalhar. E para isso não adiantaria uma creche que funcione em um turno apenas. Com relação às outras questões tem que haver uma discussão que leve em conta também o lado administrativo. Não tem sentido manter uma turma ou uma escola, onde não haja a quantidade de alunos que justifique a sua existência. O custo disso se tornaria muito alto, para uma administração já com dificuldades financeiras. Pode ser muito cômodo para uma professora dar aula para apenas cinco alunos, mas se torna antieconômico para a administração. Pode ser cômodo para o servidor trabalhar perto de casa, mas isto pode representar um custo muito alto para administração. O sindicato pensa na comodidade dos servidores, mas reclama quando os salários atrasam e a prefeitura precisa otimizar os seus gastos, como medida de economia. A discussão teve ter critérios objetivos e não se prender apenas aos interesses pessoais das partes. (LGLM)