Alexandre Gimenez, do UOL
Paulo Guedes x militares, quem vai ganhar essa briga? Hoje, pela quarta vez na semana, um militar de altíssima patente veio a público defender que seus companheiros de armas não entrem na reforma previdenciária.
“Não devemos modificar o nosso sistema. Nós temos uma diferença muito grande de qualquer outro servidor público ou servidor privado. Nós não temos hora extra, nós não temos adicional noturno, nós não podemos nos sindicalizar. Tem uma série de diferenças e de coisas que devem ser tratadas de forma diferente”, afirmou o general Edson Leal Pujol, que assumiu nesta sexta-feira o cargo de comandante do Exército.
A inclusão dos militares na reforma da Previdência é defendida por Paulo Guedes, ministro da Economia. E não existe nada ideológico no desejo: o rombo da Previdência de militares cresce mais que o déficit do INSS.
Comentário do programa – O militar ao ingressar na carreira sabia de tudo aquilo que o general utilizou como motivo para ter uma aposentadoria diferente dos paisanos. Isto a meu ver não seria motivo para receber um tratamento diferente dos outros trabalhadores. Muitos servidores civis também são privados de vantagens como horas-extras e adicionais de insalubridade e periculosidade. E a reforma da Previdência vai penalizar os servidores e os trabalhadores da iniciativa privada tornando a aposentadoria mais difícil ou valor mais reduzido. Por que o tratamento com dois pesos e duas medidas. (LGLM)