(Jozivan Antero, no Patos Online)
Desde julho de 2018, técnicos detectaram um risco iminente de desmoronamento de parte do teto da Escola Dom Expedido Eduardo de Oliveira, mais conhecida por Escola Normal, que funcionava em prédio alugado na Rua Cinco de Agosto, Bairro Belo Horizonte, em Patos.
A observação dos danos em linhas, caibros e ripas fez com que a Escola Normal tivesse que sair do local e fosse para a antiga Escola Dom Fernando Gomes, que atualmente abriga a sede da 6ª Gerência Regional de Educação (6ª GRE). A saída causou desconforto, pois o espaço é pequeno para abrigar escola e gerência. Os professores relatam que houve perca de estudantes e problemas para as salas funcionarem.
Na noite desta sexta-feira, dia 08, em meio ao planejamento escolar dos professores, os docentes reclamaram da falta de agilidade diante dos problemas expostos e que deveriam terem sido resolvidos há bastante tempo, pois, a Secretaria de Educação do Estado da Paraíba sabia o que estava acontecendo, mas não fez os esforços para resolver.
Às aulas terão início nesta segunda-feira, dia 11, em meio a problemas de espaço e falta de estrutura para abrigar os estudantes dos turnos manhã, tarde e noite. O auditório será transformado em duas salas de aula, porém, nada foi feito até o momento. A 6ª Gerência Regional de Educação está em busca de outro local, mas a burocracia necessária para tal saída ainda não foi resolvida.
A professora Luzinete Oliveira, presidente do Conselho Escolar da Escola Normal, disse que a situação é difícil diante da demora e da falta de providências para garantir o funcionamento sem transtornos. Luzinete relatou que a Secretaria Estadual de Educação já passou oficialmente o prédio da Escola Dom Fernando Gomes para a Escola Normal, mas a ocupação da 6ª Gerência Regional de Educação está atrapalhando.
Em contato com Genilúcia Medeiros, gerente 6ª GRE, a reportagem foi informada que existiram uma série de dificuldades devido ao período eleitoral e as limitações impostas por lei. Genilúcia relatou que a documentação necessária foi enviada para a SUPLAN, órgão do Estado responsável por locações e reformas, para que as medidas cabíveis sejam tomadas para um novo prédio para a gerência, além de melhorias no local atual da Escola Normal. A gerente acredita que ainda nesta semana de início das aulas, as medidas sejam tomadas para a desocupação do prédio por parte da 6ª GRE.
Comentário do programa – A desculpa do período eleitoral é muito cômoda, mas não justifica o descaso. Se a situação do teto da Escola Normal chegou a esta situação ela foi se agravando ao longo do tempo e poderia ter sido resolvida antes do período eleitoral. A situação de muitas escolas estaduais vem se agravando ao longo do tempo sem uma providência oficial. Inclusive as novas escolas de tempo integral, uma ideia muito interessante, vêm sendo implantadas sem a mínima estrutura, talvez numa tentativa de inviabilizar a ideia. O exemplo gritante é o da Escola Monsenhor Vieira onde foi implantada a escola de tempo integral sem que a escola tivesse refeitório nem banheiros suficientes para os alunos. (LGLM)