Maia avalia que capitalização individual na reforma da Previdência não será aprovada (com comentário nosso)

By | 07/04/2019 4:47 am

 

O presidente da Câmara defendeu a formulação de um sistema híbrido, que garanta uma renda mínima ao contribuinte

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avaliou que o novo modelo de capitalização previsto na reforma da Previdência (PEC 6/19) não será aprovado.

 

No texto encaminhado pelo governo, cada trabalhador terá uma conta individual na qual depositará suas contribuições e que também poderá receber contribuições dos empregadores. Maia sugeriu um sistema híbrido, que garanta uma renda mínima de até cinco ou seis salários mínimos. O sistema atual é de repartição, ou seja, independentemente do que foi contribuído, o trabalhador recebe o que foi definido em lei para o seu caso.

 

“Duvido que [o novo modelo] consiga assegurar seu sustento, porque a renda do brasileiro é baixa”, disse Maia. “Acho que a capitalização vai passar, mas em um sistema [híbrido] que garanta a obrigatoriedade da contribuição patronal, uma renda mínima”, continuou.

 

Comentário do programa – Uma das coisas mais perversas da reforma é o sistema de capitalização. Os chilenos que o digam. O sistema é um paraíso para os capitalistas que vão ganhar dinheiro com o dinheiro dos trabalhadores, e um inferno para estes que vão ter aposentadorias miseráveis, abaixo do salário como acontece no Chile. A obrigatoriedade da participação empresarial, é um atrativo para os empregadores que deixariam de contribuir para a Previdência, mas produziria aposentadorias cada vez mais baixas. Ministro da Economia já admite alterações no projeto de Reforma da Previdência, mas justamente na questão das aposentadorias rurais e do Benefício de Prestação Continuada (o BPC), ou benefício previdenciário. Não toca na questão da capitalização que é o paraíso dos capitalistas, inclusive dele próprio, Paulo Guedes, dono de um banco com administra o sistema no Chile e que quer introduzi-lo no país. Será capital para os empresários ganharem dinheiro às custas do trabalhador, restando, para este, aposentadorias miseráveis. (Luiz Gonzaga Lima de Morais)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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