(Jozivan Antero, no Patos Online)
O prefeito interino Sales Júnior (PRB) decidiu nomear a senhora Sara Alves de Assis, esposa do vereador Suélio Caetano (PTN), para assumir o cargo comissionado como assessor técnico nível II no gabinete da Prefeitura Municipal de Patos.
A ação do prefeito interino foi publicada na edição do dia 26 de abril de 2019 do Diário Oficial do Município e, desde então, vem gerando polêmica, pois vários familiares de outros vereadores da Câmara Municipal de Patos também assumem diferentes cargos na gestão Sales Júnior.
Em meio a uma provável crise financeira vivida na Prefeitura Municipal de Patos, a nomeação de parentes de vereadores em cargos comissionados coloca em cheque a intenção do prefeito de dar economicidade a gestão. Sales Júnior tem cedido aos pedidos dos vereadores e os parentes destes estão tendo cada vez mais espaços nos cargos comissionados.
Enquanto o Diário Oficial do Município de Patos traz nomeações, também causa indignação ao exigir sacrifícios dos servidores públicos, pois no dia 30 de abril de 2019, os servidores foram pegos de surpresa com um decreto que não concede férias, licença prêmio e pode prejudicar a nomeação de aprovados no concurso público 2018. “Os servidores não vão pagar a conta da corrupção na Prefeitura de Patos! Vamos reagir! ”, disse José Gonçalves, do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região.
Comentário do programa – Nada contra o fato de dona Sara ser esposa de um vereador. O que importa é o motivo da nomeação. Se ela é uma pessoa competente (e há muitas esposas mais competentes do que os maridos), se ela tem condições de contribuir para a administração e se realmente cumprir sua jornada de trabalho, nada contra. Enquanto Suélio só tiver indicado a esposa, ainda estaria bom. Ruim é se a ela se juntarem outros parentes e agregados. Eu me lembro de vereadores que indicaram e viram nomeados, pai, mãe, marido, mulher, filhos, genros, noras, cunhados e até netos, não necessariamente ao mesmo tempo. Segundo é voz corrente, teve caso de vereadores que chegou a conseguir a nomeação de mais de dez pessoas indicadas por eles, a maioria, “aspones”, verdadeiros fantasmas da administração. Muitos deles sem a menor competência. E que faziam o maior “auê” se um deles fosse exonerado. Depois do famigerado “mensalinho” este teria sido um dos maiores problemas dos administradores recentes, sendo, inclusive, apontado por alguns, como um dos motivos para a renúncia de Bonifácio Rocha. (LGLM)