De acordo com a auditora fiscal coordenadora da ação, Gislene Stacholski, essas pessoas, que atuavam na extração de caulim
Fonte – G1/PB
Doze pessoas foram resgatadas em condições análogas às de trabalho escravo, em Salgadinho, no Sertão paraibano. O resgate aconteceu após uma operação de fiscalização da Gerência Regional do Trabalho em Campina Grande e da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a auditora fiscal coordenadora da ação, Gislene Stacholski, essas pessoas, que atuavam na extração de caulim, estavam em situação degradante de trabalho. O resgate aconteceu na sexta-feira (10).
Segundo Gislene, diversas irregularidades foram encontradas no local. Os trabalhadores eram descidos por cordas, em poços abertos no solo, a profundidades de 40 a 60 metros da superfície, sem equipamentos de proteção individual e nenhum outro tipo de segurança.
Além disso, foi verificado que, para explorar o mineral, esses trabalhadores enfrentavam calor, umidade e o risco constante de desabamento. No local também não havia água potável, nem banheiros.
Ainda conforme a auditora fiscal, foi constatado que os doze trabalhadores ganhavam entre R$ 500 e R$ 600 por mês. Após serem resgatadas, a Secretaria do Trabalho emitiu um requerimento do seguro desemprego para essas pessoas.
De acordo com Gislene Stacholski, o empregador desses trabalhadores já foi identificado. Uma reunião entre os representantes da fiscalização e o empregador seria realizada às 10h desta quarta-feira (15), para que fosse feito o pagamento das verbas rescisórias a essas pessoas.
Além de identificar o empregador, conforme Gislene, os auditores fiscais tentam agora identificar o responsável pela cadeia produtiva do caulim na Paraíba.
Segundo Gislene, a fiscalização conta ainda com o acompanhamento do procurador do Trabalho Marcos Almeida e a ação dos auditores nesses locais de trabalho acontece através de um grupo móvel, composto de representantes de vários estados, que estão juntos na Paraíba desde o dia 7 de maio.
Além da fiscalização em locais de trabalho para a extração de caulim, o grupo móvel, que realiza operações na Paraíba, realizará ainda fiscalização em pedreiras de todo o estado.
Comentário do programa – O pior de tudo é que, por falta de vagas no mercado de trabalho na região, com pouco tempo, os trabalhadores voltam a ocupar os mesmos postos de trabalho, nas mesmas condições. (LGLM)