Durante audiência pública com representantes da política estadual, vereador Ivanes Lacerda defende que estado retome gerência dos serviços de saúde
(Patos Online)
O vereador patoense Ivanes Lacerda (MDB) aproveitou a oportunidade de participar da audiência pública na noite de ontem, dia 20, dialogando com a comissão de saúde formada por deputados e outras autoridades políticas estaduais e, na ocasião, lembrou que há mais de 30 anos quando chegou à cidade de Patos, encontrou uma categoria de profissionais da saúde bem mais compromissada em prestar uma boa assistência à população, diferente de hoje, que segundo ele, está dividida em dois grupos, se referindo ao Hospital Regional de Patos.
Ivanes ainda colocou que aqueles profissionais que defendem a instituição e os pacientes acima de qualquer governo fazem parte de um grupo minoritário no momento atual, e que a maior parcela desses profissionais compõe outro grupo que não possui qualquer compromisso com os pacientes, mas que se preocupam apenas defender o governo.
Ele ainda ressaltou que muitos chegam a esconder que existem problemas, com receio de desgastar o governo atual.
Sobre as Organizações Sociais (OSs), Ivanes disse que tal metodologia serve apenas para assaltar os cofres públicos, sobretudo as criadas recentemente. E defende que o governo do estado traga os serviços de saúde para sua própria gerência.
Comentário do programa – Que me permita meu velho amigo dissentir da sua opinião. Talvez a escala de malbarato dos recursos públicos nos contratos com as organizações sociais tenha sido em escala maior do que acontecia à época da administração pública. Mas as coisas, principalmente no caso mais antigo da Maternidade, funcionavam muito melhor. No caso do Hospital as boas administrações foram raras, e uma dessas raridades foi a sua. O servidor público, pela própria condição de estatutário, em sua maioria é acomodado e viciado nas facilidades que a falta de controle administrativo lhe proporciona. Uma administração privada, devidamente controlada e fiscalizada, seria muito mais operacional. Senão comparemos o que acontece na iniciativa privada, num exemplo bem próximo a antiga SAELPA e a atual ENERGISA. Não defendemos a privatização da saúde, defendemos a sua administração por entidades privadas, contratadas e remuneradas condignamente para isso. Que hospitais e maternidades sejam administrados como empresas privadas mas a serviço do público, com livre acesso a esse serviço. Uma das alternativas seria a utilizada nos hospitais universitários, para os quais foi constituída uma empresa pública que os administra como uma empresa privada. E aqui uma pergunta final. Será que deixar faltar tudo no Hospital e na Maternidade era uma atitude certa do Governo do Estado? (LGLM)