(Jozivan Antero, no Patos Online)
Várias equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão reclamando das constantes retenções de macas de ambulâncias no Complexo Hospitalar Regional, em Patos.
As equipes do SAMU chegam com pacientes ao hospital, mas, devido à falta de leitos e macas do próprio hospital para receber os socorridos, as macas acabam sem ser liberadas e por várias horas as ambulâncias ficam paradas e sem atender novas ocorrências.
De acordo com a Lei Estadual 9.608, de 21 de dezembro de 2011, a prática de retenção de macas do SAMU e de outras unidades móveis hospitalares de atendimento de urgência é crime. A lei também estabelece que os profissionais das ambulâncias não podem se ausentar sem as macas. Dessa forma, criou-se uma situação onde são vistas várias ambulâncias no pátio do Complexo Hospitalar Regional de Patos.
O Complexo Hospitalar Regional tem estado sempre lotado. A falta de novos leitos, precariedade das instalações, carência de macas e até de cadeiras adequadas para receber os pacientes está gerando um caos.
O Ministério Público Estadual (MPE) foi provocado nesta sexta-feira, dia 07, sobre a problemática que vem sendo enfrentada pelos profissionais do SAMU. Antônio de Oliveira, coordenador do SAMU/Patos, e Danilo Pereira Cândido, coordenador administrativo do mesmo órgão, relataram que a retenção das macas vem causando graves transtornos aos usuários e ao serviço. Os denunciantes pedem um posicionamento por parte do MPE.
Em contato com a diretora do Complexo Hospitalar Regional, a reportagem foi informada que a demanda de pacientes está altíssima. A direção também falou que o hospital está em processo de transição administrativa e que espera resolver algumas situações.
Comentário do programa – A retenção de ambulâncias é comum em todo o Estado. E é uma demonstração patente da precariedade da Saúde na Paraíba. As macas são retidas por que os hospitais não têm leitos suficientes para receber os pacientes. Isto forma um círculo vicioso. Com as macas retidas, as equipes municipais ficam impedidas de oferecer uma assistência mais efetivas aos moradores dos seus municípios de origem. (LGLM)