Vereador Edson Hugo critica grevistas de Patos.
Representante do Sinfemp rebate e questiona papel dos parlamentares
O vereador Capitão Edson Hugo (PTN) também se mostrou contrário à atitude dos sindicatos em convocar greve dos servidores da educação na cidade de Patos, que saíram às ruas na manhã de hoje, dia 14, para protestar contra a atual reforma da previdência do presidente Bolsonaro.
Ele disse que não concorda com a greve, pois trata-se de uma paralisação ideológica e, que ainda por cima, prejudica centenas de alunos da rede pública de ensino. E sugeriu o final de semana para que a mobilização não atrapalhe os alunos e população.
Já o vice presidente do SINFEMP, José Gonçalves, questionou o papel dos vereadores de Patos, que em momento algum demonstraram interesse em se aliar à luta dos trabalhadores da educação.
E lamentou a opinião dos vereadores contrários à greve de hoje, comentando que os parlamentares deveriam se preocupar em resolver problemas que afetam a população, e não querer questionar um direito constitucional dos trabalhadores, que é protestar e paralisar em prol da defesa de direitos.
Comentário do programa – Concordamos com os ilustres vereadores (Hugo e Ivanes) quando criticam a utilização da greve como forma de contestar as medidas tomadas na área de educação e na reforma da previdência. A greve no serviço publico prejudica a população, principalmente a parte mais sofrida que depende dos serviços públicos. Entendemos que toda mobilização popular deveria tentar obter a adesão da população como um todo. Mostrar ao povo os danos que as medidas na área da educação e na reforma da previdência vão trazer principalmente para os mais pobres. Mostrar que a reforma não atinge os ricos, os militares, os empresários, e ao contrário só traz benefícios para eles. A reforma previdenciária é necessária mas não da forma que o governo quer fazê-la. E que não adianta penalizar os trabalhadores enquanto o governo não cobrar os débitos previdenciários de Estados, prefeituras e grandes empresas. Sem “tapar os ralos” por onde saem os dinheiros públicos, através das fraudes, uma reforma previdenciária não vai resolver nada, só vai beneficiar os ricos. Por outro lado, não tem sentido mobilização com bandeiras de Lula Livre e outros temas exclusivamente políticos. A mobilização deveria utilizar pessoas competentes e de credibilidade para mostrar os malefícios das medidas na educação e na previdência, ao invés de usar oradores sectários e desacreditados. E estas mobilizações deveriam ser feitas sem atrapalhar o dia -a-dia da população, em dias e horários que permitissem às pessoas participarem do ato público. A má utilização destas manifestações tem provocado um esvaziamento delas, como pudemos ver na sexta nas televisões. Não havia multidões compactas, mas ruas quase vazias, mesmo em grandes centros afeitos a grandes manifestações como Rio de Janeiro e São Paulo. A politização partidária dos atos públicos tem afastado o povão destes movimentos. Não são mais mobilizações populares, são movimentos de viés político partidário com figuras carimbadas, na maioria delas desacreditadas e com grande rejeição popular. Só para dar uma ideia de prejuízo para os trabalhadores. Quem ganhar até R$ 1600,00 vai ter que se contentar com uma aposentadoria de um salário mínimo. Com exceção de quem já ganha o mínimo, os demais só terão aposentadoria integral se contribuírem por quarenta anos. (LGLM)
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