(Agência Câmara)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a crítica do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) à reforma da Previdência (PEC 6/19), acabou tendo um efeito positivo, porque unificou o Parlamento em torno do texto.
Maia reafirmou que a reforma da Previdência não será impactada pelas crises no governo e que a agenda do Parlamento está focada, além da previdência, nas reformas tributária e administrativa. Ele também destacou que o Congresso também tem debatido propostas que melhorem os indicadores de pobreza no Brasil e reduzam as desigualdades.
Na sexta-feira, Guedes afirmou que a Câmara teria “abortado” a reforma (que ele queria, claro!)com o parecer apresentado e Maia rebateu dizendo que a Casa blindou a reforma da “usina de crises” do governo.
“A fala dele uniu o Parlamento e nos deu chance estar mais próximos dos governadores e prefeitos. Tem crises ou críticas que vêm para o bem, então acho que fortaleceu a nossa posição e nossa certeza de que Câmara e Senado podem ter um papel de protagonista nesse momento, que nunca tiveram ao longo dos últimos anos”, disse Maia após participar de evento em São Paulo.
Comentário do programa – Qualquer coisa que se faça para melhorar o projeto de reforma é lucro para o brasileiro. Com relação à capitalização tão defendida por Paulo Guedes é a pior coisa do projeto original. Os trabalhadores que passassem para a capitalização só iriam poupar em quarenta anos o suficiente para uma renda mensal para no máximo quatro anos. E depois quem os iria sustentar? O Governo? Por outro lado, atualmente cinco trabalhadores na ativa sustentam um aposentado. Com a capitalização os trabalhadores só iriam poupar para eles. Quem iria garantir a aposentadoria dos outros, já que os que contribuem para a previdência iam diminuir até se acabar? A capitalização só é interessante para as financeiras que iam lucrar com o dinheiro dos trabalhadores, por isso Paulo Guedes defende a capitalização com unhas e deles, afinal ele é banqueiro. (LGLM)