(Genival Júnior, no Patos Online)
O vereador Toinho Nascimento, (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 31, na Tribuna da Câmara Municipal de Patos, que vai pedir uma intervenção judicial do Superior Tribunal de Justiça, para tentar uma retomada na condução dos destinos administrativos de Patos, que segundo ele está “desgovernada”.
Afirmando que o município vivencia um verdadeiro caos administrativo, Nascimento defendeu que o Superior Tribunal de Justiça tome providências diante da atual situação de Patos, uma vez que até o momento nada decidiu em relação ao processo do prefeito afastado Dinaldinho Wanderley, que deixou o comando de Patos no dia 14 de agosto de 2018.
Ao classificar o prefeito interino como “autoritário e ignorante”, o parlamentar pediu a saída de alguns secretários da atual gestão e criticou a falta de serviços essenciais nas repartições do município.
Comentário nosso – Não sei se o vereador se expressou mal ou se o colega jornalista não entende o raciocínio do vereador. Pois não cabe aqui uma intervenção judicial, mas sim uma decisão judicial que resolva um “embroglio” criado com o afastamento de Dinaldinho. Mas se o ilustre vereador pensou realmente em intervenção seria o caso de dar uma lida na Constituição do Estado da Paraíba para saber que o artigo 15 prevê os casos em que o Estado e somente ele, pelo seu Governador´, poderá decretar intervenção em um município, sujeito a posterior aprovação da Assembleia Legislativa. A Constituição prevê os casos em que pode ser decretada a intervenção em um município e nenhum destes casos está ocorrendo em Patos. Por sinal, os senhores vereadores, em sua maior parte, são responsáveis por grande parte dos problemas financeiros do município ao defender com unhas e dentes os comissionados e contratados nomeados por sua indicação. Que o prefeito está sendo acusado de “autoritário e ignorante” porque tem tomado medidas drásticas justamente para evitar o caos de que é acusado. E entre estas medidas estão a exoneração de comissionados e contratados desnecessários, em grande parte indicados pelos senhores vereadores. Aliás a primeira coisa que um interventor faria seria certamente enxugar a Folha da Prefeitura, dispensando os fantasmas e os comissionados e contratados desnecessários. (LGLM)