(Painel da Folha)
Querer não é poder Dirigentes de partidos e integrantes de cortes superiores já reconhecem que os repetidos acenos do clã Bolsonaro a práticas autoritárias ultrapassaram o terreno da bravata. Há, porém, no Congresso e no Supremo, a avaliação de que, hoje, a família não dispõe de mecanismos para efetivar uma manobra antidemocrática. Tanto o STF quanto o Parlamento mantêm contato com as Forças Armadas. O apoio restrito a um terço da população também é visto como limitador a uma manobra radical.
Não por falta de aviso O ministro da Defesa e o secretário de Governo de Jair Bolsonaro, ambos generais do Exército, foram acionados por ministros do Supremo nesta semana após a publicação de vídeo na rede social do presidente que equiparou a corte a uma hiena. Os dois manifestaram descontentamento com o gesto do chefe.
Vai que cola O fato de a família Bolsonaro ter feito, nos últimos dias, repetidas ofensivas e recuos sobre as instituições despertou no Congresso e no STF a percepção de que ela está “tomando o pulso”, sentindo a recepção das redes e da imprensa a esses atos.
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Comentário nosso – Cada vez que um Bolsonaro abre a boca, sai uma imbecilidade, numa demonstração patente de seu despreparo intelectual, moral e político para a prática da democracia. O próprio presidente tem dito besteiras, pessoalmente ou por intermédio dos filhos que manipulam os perfis do pai nas redes sociais. A nossa sorte é que ainda há sanidade mental na classe militar e na classe política que desautorizar muitas das imbecilidades que saem da boca da “gang”. Quem queria um Brasil mais decente errou na escolha e a “emenda saiu pior do que o soneto”. Ao invés de ladrões, ganhamos um pouco de loucos e partidários de crenças violentas, que não primam também pela honestidade. A família tem entre seus componentes e amigos além de milicianos, partidários de práticas desonestas nas casas parlamentares. Bolsonaro vive a pedir desculpas pelas imbecilidades que ele e os filhos dizem. O que me faz lembrar meu falecido sogro, Ataíde Bilu que dizia: “Depois que inventaram “me desculpe”, cabra safado deixou de apanhar”. (LGLM)