(Patosonline.com)
Não é segredo de ninguém que a saúde pública de Patos não passa por um bom momento, no entanto, ninguém imaginava que uma atitude drástica como o fechamento da UPA do Campo da Liga pudesse, sequer, ser cogitada, infelizmente isso ocorreu.
Segundo o jornalista Airton Alves, em comentário feito dentro do Jornal Espinharas Notícias desta quinta-feira, 14 de novembro, o prefeito interino de Patos, Ivanes Lacerda (MDB), teria dito ao radialista Damião Lucena (Rádio Itatiunga), que a UPA gera uma despesa de algo em torno de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), e só recebeu de ajuda do Governo do Estado, R$ 100.000,00 (cem mil reais), tendo que o município de Patos arcar com R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) mensais.
Essa quantia, segundo Ivanes, pesa demais no orçamento da saúde municipal, temendo ele pelo fechamento da UPA.
Assim que o comentário foi feito, os ouvintes começaram a se manifestar. Eles elencaram a importância do referido órgão para Patos e região, e pediram que todos se unissem para encontrar uma solução e evitar o fechamento da UPA.
A Prefeitura de Patos, através da Secretaria de Saúde ainda não se pronunciou de forma oficial sobre essa possibilidade.
Comentário nosso – A UPA oferece um serviço dos melhores desde que foi inaugurado com todas as suas potencialidades. Tem se constituído numa espécie de “cartão postal” do serviço de saúde municipal. Mas tem sido uma dor de cabeça para a administração municipal desde o início a manutenção da excelência dos serviços prestados pela UPA. Os gastos já chegaram a ser até superiores aos atualmente anunciados. E se constituem no peso tremendo para a municipalidade. Talvez houvesse uma saída honrosa para a manutenção da UPA se os recursos da saúde fossem todos dos cofres municipais. Podia haver, por exemplo, uma otimização do atendimento nos postos médicos municipais, reduzindo determinados serviços em alguns postos, para economizar os recursos necessários para manutenção da UPA. Há bairros com três e até quatro postos médicos e alguns deles poderiam concentrar determinados serviços, aliviando a demanda dos demais. Isto geraria economia. Acontece que o dinheiro é de origem federal e já vem carimbado, dificultando a sua utilização em outros fins. A economia de recursos e de pessoal que se fizesse nos postos médicos seriam utilizados na UPA, mas isso é quase impossível fazer, segundo penso. Esperamos que surja uma luz para a questão, mas o problema financeiro é grave e pode obrigar a administração a tomar outras medidas amargas como a que seria o fechamento da UPA. (LGLM)