Uma rede de solidariedade!

By | 01/12/2019 10:20 am

 

(Luiz Gonzaga Lima de Morais)

(Se preferir ouça o áudio)

Temos visto muita besteira nas redes sociais. Principalmente, quando se trata de disputas políticas. Analfabetos políticos e funcionais, além dos radicais se manifestando com apelos à violência e à truculência política e ataques de uns aos outros.

 

Mas nos últimos dias, um grupo no “zap” me empolgou pela rede de solidariedade que se formou em favor de um companheiro de trabalho que se submeteu a uma sensível cirurgia realizada em São Paulo.

 

Trata-se de um grupo de funcionários do Banco do Brasil, antigos ou atuais servidores na agência de Patos, que criaram um grupo no “WhatsApp” onde se formou uma corrente em favor de um colega que faria uma sensível cirurgia

 

Começou aí a torcida e a corrente de orações para que tudo desse certo. Realizada a cirurgia, com sucesso, continua a torcida pela total recuperação do colega e amigo, numa demonstração de que as redes sociais podem ser utilizadas como um instrumento social positivo.

 

Neste intermédio, um outro colega manifestou a sua preocupação com uma netinha de sete anos que também passava por um problema de saúde que podia precisar de cirurgia. A rede de solidariedade passou a participar também da preocupação daquele avô, um pouco aliviada depois pela notícia de que talvez a cirurgia não seja necessária. Continuou, entretanto, a corrente de orações para que ela se recupere totalmente.

 

O grupo destoa enormemente da maioria dos grupos, que ao invés de incentivar a solidariedade e, ficam trocando ofensas por conta de interesses políticos, diversos como é da democracia, mas de uma maneira que depõe contra a educação política. Discutir democraticamente é uma coisa. Trocar desaforos afronta a democracia.

 

Parabéns aos colegas do Banco do Brasil pela corrente de solidariedade e pelo bom uso das redes sociais. Que sirva de exemplos para muitos outros usuários das redes sociais que ficam postando “baboseiras”, futilidades e brigas mesquinhas sobre política, religião e futebol.

 

Mas já que falamos em redes sociais, vamos aproveitar para uma sugestão. Muita gente aproveita as redes sociais para cumprimentar os amigos, transmitir parabéns por aniversários ou conquistas sociais ou se solidarizar com as perdas. Até aí tudo bem. Isto é uma das coisas boas das redes sociais.

 

Mas aqui temos problemas de ordem prática. Ao invés de fazerem um cumprimento de cunho pessoal, “um bom dia fulano”, “parabéns sicrano”, reproduzem fotos ou vídeos para transmitir a sua mensagem.  O primeiro problema é que nem sempre o celular está ao alcance de um “wi-fi” ou de um servidor de internet potente e muitas mensagens se perdem. Além do desperdício de tempo para o internauta. Outro é que o uso de vídeos e fotos põe a perder o caráter pessoal da mensagem e passa a ser uma coisa artificial. Um “bom dia fulano” soa muito mais amistoso do que uma mensagem de bom dia expedido de uma só vez para dezenas de pessoas, junto com uma foto ou um vídeo.

 

Eu, de minha parte, prefiro responder pessoalmente “bom dia, fulano”, “obrigado, sicrano” e assim por diante.

 

Outra questão que me preocupa nas redes sociais são as chamadas “correntes”. Com as mais diversas finalidades (financeiras, políticas, religiosas) as correntes podem se transformar, segundo especialistas em segurança da internet, em veículos de proliferação de vírus e de captação de dados dos participantes para fins escusos. Por isso, fujo das correntes. Jamais repasso qualquer uma. Quem mandar uma para mim está perdendo o tempo. Eu deleto na mesma hora.

 

A má utilização dos grupos nas redes sociais está fazendo com que muita gente, simplesmente delete as mensagens sem mesmo lê-las, quando se trata de futricas e picuinhas. Alguns grupos eu simplesmente abro e fecho só para descarregá-los. A sugestão é que cada um respeite a finalidade dos grupos de que participa. Se o grupo é político que trate de política. Se religioso que trate de religião, se esportivo que trate de esportes, se noticioso que trate de notícias. Mas se for de fofocas, de futricas que assumam as suas finalidades para que o internauta  “saia do grupo”, se não lhe interessa aquele tipo de assunto.

 

Por fim uma sugestão. Antes de mandar uma foto ou um vídeo para alguém, poste uma mensagem dizendo do que se trata, para o receptor decidir se vale a pena abrir. Vídeos e fotos, além de sobrecarregarem a memória do celular, tornando necessário um frequente processo de limpeza, podem representar também uma perda desnecessária de um tempo para muitos precioso.

 

Para concluir uma notícia boa. Segundo fomos informados, o Whatsapp estaria informando uma mudança no aplicativo. Em breve você só será incluído num grupo se concordar com a sua inclusão. Às vezes, alguém inclui você e você só não sai em atenção a um amigo que o incluiu ou que pediu a sua inclusão no grupo. Apesar de não concordar com os objetivos do grupo ou com as opiniões das pessoas que dele participam. (LGLM)

Comentário

Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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