(crônica de Misael Nóbrega)
O que foi isso que aconteceu em Doha, no Qatar, neste dia 21 de dezembro de 2019, válido pela final do campeonato mundial de clubes da FIFA, entre Liverpool X Flamengo?.
Sim, porque não foi, simplesmente, uma partida importante de futebol. O que vimos foi uma aula entre duas escolas diferentes, mas que se igualaram física, tática, técnica e psicologicamente, – Com ligeira vantagem para o time Europeu – Em todos esses aspectos citados.
Os Reeds, que chegavam a sua quarta final de mundial, dominavam todas as apostas. Mas, quando a bola rolou, a imprevisibilidade entrou em campo. O Flamengo não era o favorito, mas bem que tentou inverter a lógica. Jorge Jesus fez três mudanças táticas durante o jogo. Na última delas, surpreendeu com substituições diferentes das costumeiras e o time demorou a se ajustar. Quem sabe, tenha sido esse o pecado rubro-negro?
O trio mágico do Flamengo não brilhou, salvo lampejos de Bruno Henrique. Coube a sua retaguarda, a missão de segurar o adversário o quanto pode. O melhor zagueiro do mundo, não é o Virgil van Dijk, mas o Rodrigo Caio. Foi um monstro. As melhores oportunidades foram do Liverpool. Diego Alves fez duas defesas de cinema. O herói do jogo, ironicamente, o brasileiro Roberto Firmino, teve duas chances incríveis, mas não desperdiçou a terceira… 1×0 bastou para liquidar a fatura. Não houve mais tempo.
O Flamengo foi gigante. Não teve grandes oportunidades, é verdade, mas teve hombridade e jogou de “igual para igual”. Realmente está em outro patamar. Quem sabe, o desgaste da temporada tenha feito o time cansar na prorrogação. O calendário brasileiro é cruel. E contra o todo poderosos inglês, ele não podia correr o risco de tirar o pé do acelerador na primeira etapa, como vinha fazendo com adversários menos qualificados. Era tudo ou nada.
Mas, não usemos de justificativas. Nada que dissermos será suficiente. Era o Liverpool. O Flamengo estava diante do melhor time do mundo. Jesus errou? Não se pode crucificá-lo. Ele já fez o milagre da Libertadores.
*Misael Nóbrega de Sousa