Vereadores de Patos terão que se reagrupar para as eleições de 2020 (veja também o nosso comentário)

By | 29/12/2019 7:28 am

 

(Blog do Jordan Bezerra)

 

O fim das coligações proporcionais vai provocar uma grande mexida na articulação dos atuais vereadores que disputarão vaga na Câmara Municipal de Patos nas eleições de 2020.

 

Com a impossibilidade de junção de forças entre as legendas, caberá aos partidos a formação de grupos de até 26 candidatos na disputa proporcional, respeitando o limite de 30% das vagas normalmente destinadas as mulheres, e que em muitas vezes eram destinadas a candidaturas \”laranjas\”, que muitas vezes não somavam sequer o próprio voto.

 

Outra questão que entra em cena é a formação dos novos grupos de pré-candidatos, que na maioria das vezes não aceita medir forças com os atuais detentores de mandato, o que forçará os atuais vereadores a buscarem alternativas para de filiação para poder viabilizar a disputa pela vaga.

 

Dos 17 vereadores que ocupam a cadeira atualmente, apenas Ranieri Ramalho, que atualmente é suplente de vereador, disputou a eleição pelo então PMDB e atualmente está sem partido.

De 2016 para cá, alguns partidos se esvaziaram, surgiram novos partidos e outros não dispõem de quadros suficientes para a formação de um bom grupo de candidatos, para disputar uma eleição que promete um cenário bastante acirrado.

 

Dos 17 vereadores de momento, pelo menos 16 deles deverão concorrer no próximo ano, pois o atual prefeito interino Ivanes Lacerda já anunciou que não tentará o sexto mandato consecutivo como vereador.

 

No MDB, temos as vereadoras Nadir, Fátima Bocão e Tide Eduardo, mas que terão certa dificuldade para formar um grupo de 26 candidatos em 2020, uma vez que o forte PMDB existente em 2016 encolheu de tamanho.

 

Já os vereadores Ramon Pantera, Dito, Suélio Caetano e Capitão Hugo, foram eleitos em 2016 pelo PTN, hoje (PODEMOS), e deverão migrar para uma nova legenda, considerando que o grupo de pré-candidatos para 2020 do Chapão da Verdade não aceita concorrer com nenhum detentor de mandato.

 

O PRB dos vereadores Sales Junior e Jefferson Melquíades, atual superintendente da Sttrans, é um partido de pouca representatividade em Patos e enfrenta problemas na formação do grupo de 26 candidatos.

 

Situação parecida com Diogo Medeiros, (PSB), Edjane Araújo, (PRTB), Ferré Maxixe, (DEM), Goia e Gordo da Sucata, (PV), Toinho Nascimento e Cambirota (PSDB), que se enfraqueceu após o afastamento do prefeito Dinaldinho em agosto de 2018, além de Ranieri Ramalho, que é suplente de vereador e disputou o pleito de 2016 pelo então PMDB e atualmente está sem partido.

O único partido que já trabalha uma articulação no momento parece ser o PCdoB da vereadora Lucinha Peixoto, fato que permitiria a parlamentar, talvez, condições pouco melhores que as de alguns de seus colegas, para tentar o seu terceiro mandato no legislativo patoense.

 

Comentário nosso – Não sei por que Lucinha encontraria esta facilidade. Ela se elegeu numa coligação com o PMDB, PSB e outros partidos, tendo ficado em terceiro lugar na coligação, mas  Jozivan Antero com a terceira maior votação no município, não conseguiu se eleger justamente por que seu partido o PSOL disputou sem coligações e não conseguiu o quociente partidário. Será que o PCdoB de Lucinha vai sair em faixa própria? Ou Lucinha vai procurar outro partido que lhe dê abrigo? Com relação aos demais, é realmente “um samba do crioulo doido”, em faixa própria talvez só o MDB se continuar unido é que terá alguma facilidade. O PTN também poderia sair em faixa própria com algum sucesso, se todos os que disputaram pelo partido em 2016 continuassem juntos. Outra alternativa era algumas coligações como PV e PRTB migrarem para um só partido. Assim como PSDB e PRB formarem numa mesma coligação. Outro fator a considerar é a formação das chapas majoritárias. Uma chapa majoritária pode ajudar os partidos que participarem da coligação. As arrumações têm que estar feitas até 4 de abril, com o fim das filiações partidárias, e aí é que se poderá fazer algum prognóstico, com exceção da influência das chapas majoritárias que só ficarão assentadas depois das convenções que deverão ser realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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