Toffoli deve propor prazo maior para entrada em vigor de juiz de garantias (veja no final da matéria o nosso comentário)

By | 05/01/2020 5:45 am

(G1)

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)Dias Toffoli, deve propor um prazo maior para a entrada em vigor da figura do juiz de garantias. Segundo interlocutores de Toffoli disseram ao blog, ele estuda, por exemplo, aumentar de um para seis meses o prazo para começar a vigorar a existência do juiz de garantias. Pela lei aprovada no ano passado, o prazo é de 30 dias e começaria no dia 23 janeiro.

 

Dias Toffoli avalia ser factível implementar no país o juiz de garantias. Mas acredita, de acordo com interlocutores, que o prazo fixado pela legislação para sua entrada em vigor é muito curto e não daria tempo suficiente para o Judiciário se organizar e se estruturar em todo o país.

 

Pela lei, o juiz de garantias passará a ser o responsável por acompanhar a investigação e autorizar medidas como prisões preventivas ou temporárias, quebra de sigilos bancário e fiscal, bloqueio de bens e operações de buscas e apreensões. Depois de apresentada uma denúncia, outro magistrado assumirá o processo e dará a sentença.

 

Essa nova figura na estrutura do Judiciário foi aprovada no pacote anticrime votado pelo Congresso Nacional no ano passado e não constava das medidas sugeridas pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Ele, inclusive, recomendou ao presidente Jair Bolsonaro que vetasse a proposta, mas não foi acatado. Bolsonaro sancionou a criação do juiz de garantias e justificou dizendo que não podia ficar dizendo “não” sempre ao Parlamento.

 

Nesta sexta-feira (3), o presidente do STF ia participar de uma reunião no Conselho Nacional da Justiça (CNJ) com um grupo de trabalho criado para avaliar a implementação da nova figura do Judiciário. Deve ser uma primeira reunião para levantamento de dados e ideias sobre como implementar o juiz de garantias no país.

 

Na segunda-feira (30), o CNJ abriu uma consulta pública sobre o tema.

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Depois de aprovada a medida do juiz de garantias, a Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação dos Juízes Federais e os partidos Podemos e Cidadania entraram com recurso no STF questionando a constitucionalidade da proposta. O Supremo ainda não tomou uma decisão no recesso do Judiciário sobre esses pedidos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por outro lado, pediu ao Supremo que rejeite as ações apresentadas e defende a criação da figura do juiz de garantias.

 

Comentário nosso – Nada contra a criação do juiz de garantias. O que parece suspeito é a exiguidade do prazo para sua implantação. Parece casuísmo para beneficiar alguém. A sugestão para aumentar o prazo de sua implantação de sua implantação é justa. Outra medida que deve ser implantada é determinar que o juiz de garantias seja utilizado nos novos processos e só na instância. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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