Juiz de garantias tem apoio de maioria no STF, indica jornal (veja comentário no final)

By | 12/01/2020 7:27 am

 

Ações na Corte questionam nova figura

(Jota Info)

Os jornais destacam nesta terça-feira a criação da regra do juiz de garantias. O GLOBO informa em manchete de capa que ao menos seis dos 11 ministros do STF já deram declarações favoráveis à regra, formando uma maioria em eventual julgamento. Segundo a reportagem, o presidente da Corte, Dias Toffoli, rasgou elogios publicamente à norma na última sexta-feira, quando disse que se tratava de um “avanço civilizatório” no combate à criminalidade.

Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello também já se manifestaram, ao falar com a imprensa, a favor da nova lei. Outros dois ministros ouvidos em caráter reservado pelo jornal fizeram coro à opinião dos colegas. Mas, no Supremo, três ações questionando a legalidade da lei que criou o juiz de garantias seguem aguardando apreciação. Toffoli poderá negar as liminares durante seu plantão até o dia 20. A segunda parte do plantão na Corte será conduzida pelo ministro Luiz Fux, que já declarou a interlocutores ser contrário à norma. Para o ministro, o Judiciário não teria estrutura para instituir a novidade.

As ações pedindo liminar para suspender a validade da lei são de autoria do Podemos e do Cidadania, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e do PSL. Segundo as ações, informa o jornal, a lei não previu regra de transição, embora tenha dado prazo de 30 dias para a criação do juiz de garantias. “Não haverá magistrado em número suficiente para atender a demanda”, alerta a ação das associações de magistrados. As entidades afirmam também que “o Poder Judiciário brasileiro não possui estrutura suficiente para a sua implementação e funcionamento regular”.

Os principais jornais também destacam que a PGR sugere prazo de um ano para implantar a medida. O órgão que comanda o MPF enviou memorando com sugestões ao CNJ, que estuda regulamentação para a nova lei. Para a PGR, a implantação do juiz das garantias é inviável até o dia 23 deste mês, como prevê a lei aprovada pelo Congresso, e defendeu que seja feita de forma paulatina ao longo deste ano.

No jornal O ESTADO DE S.PAULO, a reportagem informa sobre mais uma demanda da PGR em relação ao tema. A sugestão é que a medida não seja aplicada a processos de homicídios nem a casos relacionados à Lei Maria da Penha. O texto também recomenda que haja juízes de garantias especializados em áreas como lavagem de dinheiro e questiona, como destacou a coluna Painel desta sexta, se o novo dispositivo legal valerá para a Justiça Eleitoral. Segundo o jornal, o memorando apresentado ontem pelo procurador-geral, Augusto Aras, foi feito por procuradores que atuam nas áreas criminal, de combate à corrupção e de meio ambiente e patrimônio cultural.

 

Comentário nosso – Este juiz de garantia deve funcionar durante o processo de investigação. Sendo responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos fundamentais do acusado, presidindo todos os atos e providências desta fase. Depois da denúncia feita pelo Ministério Público, um outro juiz passa a presidir o processo judicial até a sentença final. (LGLM)

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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