Garis param atividades! Prefeitura de Patos estaria devendo quase Dois Milhões de Reais à Empresa Conserv

By | 12/01/2020 9:39 am

 

https://www.patosonline.com/garis-param-atividades-prefeitura-de-patos-deve-quase-dois-milhoes-de-reais-a-empresa-conserv/

 

(Se preferir, ouça o áudio)

Como a matéria foi amplamente divulgada, vamos nos ater apenas ao comentário que fizemos em nosso blog:

 

As informações dadas pelo Secretário Arnon Medeiros com relação ao débito da Prefeitura para com a empresa Conserv, pelo que sabemos, estão corretas. Tem alguém distorcendo as informações para justificar a paralisação que só atende aos interesses da empresa e penaliza injustamente a população. Os trabalhadores têm razão de reclamar se estão recebendo salários atrasados, férias atrasadas, cesta básica atrasada e se não estão tendo o FGTS depositado. Mas a responsabilidade por tudo isto é da empresa, sem nenhum direito de alegar contra a prefeitura. Nem a Justiça nem a fiscalização acatariam isto como desculpa para atrasar salário.

 

O risco da atividade empresarial é do empresário, nunca do empregado. O comerciante pode alegar o atraso de salário por que seu estabelecimento não está vendendo o suficiente? Ele tem que se virar para pagar em dia.

 

Mas vamos aos ´números. Bonifácio Rocha recebeu a prefeitura com três meses de pagamentos atrasados à Conserv. Como na época o contrato era de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), por mês o débito seria de menos de dois milhões de reais.

 

Bonifácio reduziu o valor do contrato, diminuindo alguns serviços e fez um acordo com a empresa para parcelar o débito anterior em valores mensais de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Tanto ele, como Sales Júnior, como Ivanes vêm honrando este acordo, de modo que a dívida com a Conserv já foi reduzida em cerca de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais).

 

Estas parcelas vêm sendo pagas desde Bonifácio e não existe nenhum atraso nelas. Ou seja, a dívida original de menos de dois milhões de reais já foi reduzida em cerca de oitocentos mil reais e não há atraso com relação a ela.

 

Ao assumir, Ivanes fez um acordo com a Conserv para reduzir o valor mensal da varrição e coleta de lixo para R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais), além dos R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) referentes à dívida antiga. Estes valores também estavam atualizados, ou seja pagos em dia.

 

Recentemente, em fiscalização realizada em Patos, o Tribunal de Contas determinou que o valor pago pela quilometragem de varrição estava superior ao valor considerado correto e determinou que a prefeitura reduzisse este valor, o que corresponde a cerca de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) por mês. Com isso a Prefeitura passou a pagar R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), mais os R$ 50.000,00 (cinquenta mil) da parcela dos atrasados. Estes pagamentos também estão atualizados.

 

A Conserv tem atualmente cerca de sessenta trabalhadores prestando serviço em Patos o que dá uma folha de pagamento inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais). Ou seja os trezentos mil reais que recebe mensalmente (fora os cinquenta mil da dívida antiga) seriam suficientes para pagar a folha e os encargos sociais.

 

A empresa pode alegar que o contrato tem baixo valor, mas não pode alegar que não está recebendo em dia.

 

Vale ressaltar que a obrigação de pagar salário em dia é da empresa, não podendo atribuir a culpa à Prefeitura. Seria a mesma coisa que o empresário atribuir o atraso dos seus empregados à queda nas vendas. No caso da Conserv se o contrato tem um valor abaixo do que ela avalia, caberia a ela ou recorrer a Justiça para reajustar o contrato ou desistir do contrato e cobrar a dívida na Justiça.

 

A paralisação dos trabalhadores é injusta com a população e parece está sendo usada pela empresa para forçar a prefeitura a aumentar o contrato. A alegação de atraso nos pagamentos, ao que sabemos, não procede. Quanto à dívida, não se deve falar mais em dívida de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), uma vez que ela foi reduzida substancialmente nos últimos dezesseis meses. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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