- Um amigo outro dia me perguntou se eu não temia me queimar ao manifestar minha opinião sobre algumas questões que vão surgindo na cidade de Patos. A resposta que lhe dei foi a seguinte. Como jornalista, com quase quarenta anos de atividade, sempre preocupei com a verdade dos fatos, sem temer me queimar. Tive por exemplo uma posição crítica em relação a maioria dos prefeitos e governadores, sem nunca deixar de reconhecer quando eles tomavam uma decisão correta ou agiam de um modo correto. Da mesma maneira que os criticava quando não concordava com as suas atitudes. Mudar agora, com medo de me queimar seria hipocrisia de minha parte. No jornalismo ou na política continuarei assim. Nem farei oposição sistemática, nem serei um correligionário caninamente fiel em todas as situações com que me defrontar. Como auditor sempre briguei pelo direito dos trabalhadores, multando as empresas que estavam erradas. mas quando o trabalhador estava errado, eu cumpria a lei e o orientava sobre o caminho certo.
- Ouvi esta semana uma declaração do ex-prefeito Lenildo Morais sobre a firmeza do seu nome como candidato a prefeito nas próximas eleições. A nosso ver ele está agindo corretamente. Disse que vai tentar construir até o período das convenções uma candidatura com viabilidade eleitoral, tanto dentro do campo de esquerda como com outras vertentes mais próximas, mas não se meterá em aventuras eleitorais. Achamos que a esquerda pode construir uma terceira via, com condições de eleger um prefeito, desde que em torno de um bom nome, diante da atual carência de alternativas, mas para isso tem que chegar à campanha eleitoral unida. Sem isso estará se metendo em aventuras que podem até ajudar as chapas proporcionais, mas não contribuirá com a criação de alternativas para quebrar a polarização entre os grupos tradicionais. Ou a esquerda se une e atrai com um bom nome o eleitorado esclarecido ou vai continuar o mesmo “baião-de-dois”. (LGLM)