MPPB constata solução pioneira de tratamento de resíduos no Vale do Piancó (veja comentário no final da matéria)

By | 16/02/2020 5:59 am

 

(do site do MPPB)

 

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está acompanhando o trabalho de destinação final do lixo após a implantação da Central de Tratamento de Resíduos do Vale do Piancó, no final do ano passado, que atende a demanda de nove municípios da região. Na manhã desta quarta-feira (12/02), a promotora de Justiça que atua na área do meio ambiente, Artemise Leal Silva, inspecionou o local, constatando que o seu funcionamento foi uma solução pioneira no Estado que atende a recomendação geral do MPPB para que os municípios adotem procedimentos que visam à destinação correta do lixo, pondo um fim nos crimes ambientais.

 

A promotora Artemise Leal explicou que, desde 2018, o MPPB tem convocado os municípios para a busca de acordos, soluções consensuais, e isso gerou uma série de acordos de não-persecução penal para o fechamento dos lixões existentes e de termos de ajustamento de conduta para a recuperação de áreas degradadas pelo despejo de dejetos. No caso específico de Piancó, não havia mais a destinação de lixo a céu aberto e, sim um aterro que foi transformado em uma central de tratamento de resíduos, atendendo, além daquele município, mais oito da região.

 

“Essa central que atende o Vale do Piancó é uma das soluções eficientes no tratamento de resíduos domiciliares e de grandes geradores. É uma solução melhor do que o aterro sanitário, porque há uma preocupação maior com o meio ambiente e o aproveitamento dos resíduos. Constatamos que é uma forma exitosa para lidar com o lixo produzido e recolhido nessas nove cidades. Existe uma associação de trabalhadores que atua no galpão instalado no local, separando o material reciclável. Os resíduos orgânicos, como podas de árvores, vão para a compostagem e produzem adubo de alta qualidade. Apenas um volume bem reduzido de lixo é que vai para as células do aterro, com o devido tratamento dos gases, diminuindo o impacto e a a incidência dos crimes ambientais”, explicou a promotora.

 

A construção da CTR é uma iniciativa privada, sendo feito um convênio entre os nove municípios (que são: Piancó, Curral velho, Boa Ventura, Pedra branca, São José de Caiana, Santana dos Garrotes, Aguiar, Igaracy e Catingueira.) para o envio e o tratamento do lixo coletado por elas. Com essa solução, os municípios deixam de ser alvos de uma possível atuação do MPPB, que ensejaria na punição dos gestores por crime ambiental. A promotora de Justiça verificou toda a documentação necessária para a instalação e o funcionamento do empreendimento, que inclui licenças da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e do Instituto de Administração do Meio Ambiente (Ibama), que realizara inspeções no local.

 

Comentário nosso – A ideia implantada em Piancó é uma alternativa para o problema de lixo em Patos e região. A administração municipal pode construir equipamento semelhante através de uma Parceria Público-privada e a empresa passar a cuidar do lixo produzido pela cidade de Patos, ao mesmo tempo que atende também a outros municípios da região. A empresa trabalharia de modo semelhante ao que acontece na Central de Tratamento de Resíduos do Vale do Piancó. (LGLM)

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Category: Regionais

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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