A manifestação de nosso bispo diocesano foi feita em seu programa Palavras de Fé, apresentado diariamente na Rádio Espinharas.
Dom Eraldo, acompanhando o que preceitua o Direito Canônico, acha inconveniente a participação de padres na política partidária. Segundo ele qualquer padre que queira participar da política partidária deve se afastar do ministério sacerdotal.
Há um entendimento em setores religiosos de que a participação de padres na política pode dividir a comunidade, por isso o afastamento é necessário para desvincular o candidato das disputas dentro do seu rebanho.
Por isso a raridade atual de padres na política, principalmente como candidatos a prefeito e governador. A candidatura a vereador e deputado, sempre com o afastamento do ministério sacerdotal, é mais tolerado, por que não estimula tanto a divisão dentro das comunidades.
Aqui na região houve ao longo dos últimos cinquenta anos o caso de padre Levi que foi candidato a prefeito de Patos, não logrando êxito, e depois conseguindo se eleger deputado estadual por um mandato.
Outros padres foram assediados por grupos políticos em vários municípios da região, o que teria acontecido, por exemplo, com o nosso padre Valdomiro, que teria sido assediado em Patos, Santa Terezinha, Piancó e Santana de Garrotes.
Ultimamente andaram “empinando” o nome do Padre Fabrício como possível candidato a prefeito de Patos, ideia prontamente descartada pelo próprio sacerdote.
Por outro lado, os sacerdotes e diáconos, assim como seus correspondentes nas igrejas evangélicas ou de outras igrejas, dirigentes de sinagogas, de centros espíritas, de mesquitas e outros templos religiosos, podem desenvolver um trabalho muito eficiente de pregação da importância do voto e de uma escolha criteriosa dos próximos prefeitos e vereadores. Não precisam indicar candidatos para evitar tomar partido. Basta divulgarem as qualidades dos que podem ser considerados bons candidatos e a importância de se elegeram pessoas que tenham estas qualidades. (LGLM)