As redes sociais podem ser de fundamental importância nas campanhas políticas. Pena que esteja sendo usada uma verdadeira criminalização destas mídias. Desde o uso de “fakes news” até uma enxurrada de atitudes discriminatórias.
Uma discussão séria das propostas de cada candidato, por exemplo, seria bem-vinda nas mídias sociais. A divulgação dos currículos seria outra. Comentários sobre a atuação dos candidatos nas atividades que desempenharam ao longo da vida seria uma forma de orientar uma escolha acertada. E assim por diante.
Infelizmente o que temos visto são atitudes preconceituosas. Dizer que os pobres são melhores candidatos é de uma burrice a toda prova. Há pobres competentes, honestos e independentes. Mas há ricos com as mesmas qualidades. De uma comparação entre um candidato e outro é que se fará uma boa escolha.
Não votar em que está no exercício do mandato é outra impropriedade. Se alguém está exercendo bem um cargo, merece uma nova oportunidade. Se é um mau vereador ou um prefeito imprestável, merece, realmente, ser descartado.
Um rico ou remediado que não precise roubar será melhor do que um pobre doido para “se arrumar”. Política não é “meio de vida”, política deve ser missão, prestação de serviços.
O que deve ser valorizado é a capacidade de administrar ou de fiscalizar e sugerir medidas que melhorem a administração. A capacidade de fazer leis necessárias para melhorar a vida e as condições de vida da comunidade.
Alguns fatos devem ser analisados com relação a alguns dos pré-candidatos a prefeito, por exemplo. Tem pré-candidato cuja única experiência administrativa não foi das mais recomendáveis. Tem pretenso candidato cheio de processos de que ainda não foi absolvido. Outro com alguma experiência administrativa que sofreu mudanças de cargo, por motivo até hoje não muito bem esclarecido. Tem candidato cujos assessores são acusados de atividades não muito recomendáveis. Tem candidato cujos auxiliares criaram problemas terríveis para o seu sucessor.
Também entre os pretendentes a uma vaga de vereador há candidatos cuja vida pregressa, exercício de funções públicas ou grupos apoiantes não recomendam seu nome para uma representação popular.
Se um candidato está oferecendo ao eleitor alguma coisa em troca do voto, está dando uma demonstração de que vai tentar recuperar o que gastou na eleição durante o exercício do mandato, recorrendo a todo tipo de manobra escusa.
Tudo isso tem que ser divulgado e analisado pelo público. Nos comícios e nas redes sociais. Se o eleitor achar que mesmo com problemas o candidato merece o seu voto, azar do eleitor que será responsável pelos arrependimentos posteriores.
As redes sociais podem prestar um serviço importante para a democracia como formadora da opinião pública no sentido de valorizar o voto, divulgar e discutir as propostas de governo dos candidatos a prefeito e as qualidades dos candidatos a vereador que justifiquem a escolha de bons parlamentares.
Haverá uma meia dúzia de candidatos a prefeito e umas duas centenas de candidatos a vereador. Se você não encontrar um candidato que seja o ideal para prefeito ou para vereador, vote nem que seja no menos ruim, para evitar que seja eleito o pior.
Mas, de maneira nenhuma, deixe de votar. Se você, que tem consciência da importância do voto e que tem informações que podem ajudar na escolha de bons candidatos, deixa de votar, os analfabetos políticos continuarão a eleger os piores candidatos e nossa cidade nunca sairá do marasmo a que chegou nos últimos tempos e do qual só está saindo com muita dificuldade. (LGLM)