(Da assessoria do deputado)
O deputado federal Ruy Carneiro comentou a notícia de que auditoria do TCE-PB teria estimado prejuízos de R$ 14 milhões na maternidade de Patos. Para o parlamentar, a gestão de Ricardo Coutinho e seus auxiliares foi exímia em realizar contratos superfaturados, contratar Organizações Sociais e embolsar os recursos que deveriam servir para cuidar da saúde do povo.
“Quem tem coragem de embolsar o dinheiro que iria para uma mãe gestante, tem coragem para coisa muito pior. Mostra o total desprezo que o grupo tem com os paraibanos. O Tribunal de Contas remeteu a auditoria para o Gaeco e Polícia Federal. Esperamos que novas medidas sejam tomadas para punir os integrantes dessa ORCRIM que fez sangrar o nosso povo, enquanto fingia que prestava serviços de saúde”, comentou Ruy Carneiro.
Trechos da auditoria sobre o contrato da OS Gerir na maternidade Peregrino de Carvalho, de Patos, foram revelados pelo jornalista Marcelo José. Eles apontam, entre outras coisas, que a Secretaria de Saúde fez pagamentos não previstos em contrato de mais de R$ 3 milhões. Além do que “o prejuízo ao Estado da Paraíba, decorrente do Contrato de Gestão n° 002/2014, superou R$ 14.000.000,00”, segundo a peça.
Na opinião de Ruy Carneiro, as gestões do PSB implantaram, com as Organizações Sociais, um aparato de sanguessugas. “Quanto mais conhecemos os contratos que foram feitos com as OS, mais vemos o quanto o povo da nossa Paraíba foi sacrificado”, pontuou o parlamentar.
Ruy ainda arrematou criticando o uso político do dinheiro público: “Não havia um projeto de governo, sempre foi um projeto de poder. Foi desviando muito dinheiro do povo humilde que financiaram suas eleições e que financiaram a eleição do atual governador. Cada ato deste governo tem a marca da dor do nosso povo, que enfrenta um calvário pra tentar cuidar da saúde”.
Comentário nosso – Nós próprios nos enganamos com as organizações sociais. Achávamos que a ideia de contratá-las, funcionando com relativo sucesso no Sul do país, seria a saída para a saúde e a educação na Paraíba. Só que por trás de uma organização social que funcionava relativamente bem nos estabelecimentos que dirigia, caso, por exemplo, da Maternidade Peregrino Filho, referência na região, estava todo uma estrutura de desvio de recursos públicos, em vias de apuração pela Operação Calvário. Acreditamos, entretanto, que, impedidas as falcatruas, as organizações sociais podem ser uma saída para o serviço público, principalmente na área de educação e saúde, onde o poder público tem se mostrado péssimo administrador. (LGLM)