Lenildo Morais defende “fim do empreguismo” na Prefeitura de Patos (comentário nosso no final)

By | 15/03/2020 7:38 am

 

(Patos Online)

 

O pré-candidato a prefeito de Patos pelo Partido dos Trabalhadores-PT, Lenildo Morais, defendeu o “fim do empreguismo”, na Prefeitura de Patos, durante entrevista concedida nesta terça-feira, 10, ao programa Sem Censura, apresentado pelo jornalista Luis Carlos, na Rádio espinharas 97,9 FM.

 

Lenildo disse que a ideia de empregar inchar o serviço público com aliados políticos precisa acabar no município, como forma de gerar maior consciência política e administrativa na população, bem como no próprio servidor público do município.

 

“A gente não pode tá inchando a prefeitura de funcionário, por que não tem emprego pra todo mundo. Nós precisamos desmistificar essa ideia de que todo mundo tem que ter emprego público”, disse o pré-candidato.

 

O pré-candidato também defendeu a necessidade da gestão pública de Patos trabalhar o desenvolvimento do potencial econômico e social do município, oferecendo melhor oportunidade na geração de emprego e renda no município.

 

Lenildo também afirmou que vem mantendo diálogo permanente com os demais grupos da cidade, visando construir um projeto político para apresentar a população durante a campanha eleitoral desse ano.

 

Comentário nosso – Concordo plenamente com Lenildo nesta questão do empreguismo. A administração tem que acabar com esta mania de nomear servidores comissionados e contratados apenas para atender ao apetite político dos seus apoiadores. Há cargos comissionados demais em Patos, só para atender à ganância política. E nós tivemos um indício recente desta voracidade dos políticos por cargos. O prefeito Ivanes Lacerda mandou para a Câmara um projeto de reforma administrativa, projeto depois retirado para determinadas correções e que não sabemos se será novamente submetido aos vereadores. Uma das mudanças constantes do projeto era a extinção de mais de duzentos cargos comissionados evidentemente desnecessários. Isto representaria uma economia para o município de cerca de trezentos ou quatrocentos mil reais por mês. Segundo colegas que acompanham o dia-a-dia da Câmara um dos pontos mais criticados no projeto entre muitos dos senhores vereadores foi justamente o dispositivo legal que extinguia os cargos desnecessários. Alguns vereadores chegaram a dizer que jamais aprovaria aquela parte do projeto. E vocês perguntariam, por que esta reação?  Justamente por estes cargos são utilizados para barganhas entre a administração e os vereadores quando o prefeito quer comprar apoio ou votos em determinadas votações. Quando não podem distribuir “mensalinhos” (as propinas distribuídas mensalmente) ou quando estes são insuficientes, os vereadores exigem do prefeito a distribuição de cargos, para eles fazerem as famosas “rachadinhas”, prática de o indicado de um servidor comissionado ter que dividir o salário que recebe com o vereador que o indicou. E os cargos viram “moeda de troca”. Tantos cargos pelo apoio ou pela votação em determinado projeto. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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