(Patos Online)
O pré-candidato a prefeito de Patos pelo Partido dos Trabalhadores-PT, Lenildo Morais, defendeu o “fim do empreguismo”, na Prefeitura de Patos, durante entrevista concedida nesta terça-feira, 10, ao programa Sem Censura, apresentado pelo jornalista Luis Carlos, na Rádio espinharas 97,9 FM.
Lenildo disse que a ideia de empregar inchar o serviço público com aliados políticos precisa acabar no município, como forma de gerar maior consciência política e administrativa na população, bem como no próprio servidor público do município.
“A gente não pode tá inchando a prefeitura de funcionário, por que não tem emprego pra todo mundo. Nós precisamos desmistificar essa ideia de que todo mundo tem que ter emprego público”, disse o pré-candidato.
O pré-candidato também defendeu a necessidade da gestão pública de Patos trabalhar o desenvolvimento do potencial econômico e social do município, oferecendo melhor oportunidade na geração de emprego e renda no município.
Lenildo também afirmou que vem mantendo diálogo permanente com os demais grupos da cidade, visando construir um projeto político para apresentar a população durante a campanha eleitoral desse ano.
Comentário nosso – Concordo plenamente com Lenildo nesta questão do empreguismo. A administração tem que acabar com esta mania de nomear servidores comissionados e contratados apenas para atender ao apetite político dos seus apoiadores. Há cargos comissionados demais em Patos, só para atender à ganância política. E nós tivemos um indício recente desta voracidade dos políticos por cargos. O prefeito Ivanes Lacerda mandou para a Câmara um projeto de reforma administrativa, projeto depois retirado para determinadas correções e que não sabemos se será novamente submetido aos vereadores. Uma das mudanças constantes do projeto era a extinção de mais de duzentos cargos comissionados evidentemente desnecessários. Isto representaria uma economia para o município de cerca de trezentos ou quatrocentos mil reais por mês. Segundo colegas que acompanham o dia-a-dia da Câmara um dos pontos mais criticados no projeto entre muitos dos senhores vereadores foi justamente o dispositivo legal que extinguia os cargos desnecessários. Alguns vereadores chegaram a dizer que jamais aprovaria aquela parte do projeto. E vocês perguntariam, por que esta reação? Justamente por estes cargos são utilizados para barganhas entre a administração e os vereadores quando o prefeito quer comprar apoio ou votos em determinadas votações. Quando não podem distribuir “mensalinhos” (as propinas distribuídas mensalmente) ou quando estes são insuficientes, os vereadores exigem do prefeito a distribuição de cargos, para eles fazerem as famosas “rachadinhas”, prática de o indicado de um servidor comissionado ter que dividir o salário que recebe com o vereador que o indicou. E os cargos viram “moeda de troca”. Tantos cargos pelo apoio ou pela votação em determinado projeto. (LGLM)