(15/02/2020)
Em um cenário crescente de rejeição, o número de candidatos que se aventuraram a pedir votos em cidades com mais de 200 mil habitantes, teve uma média recorde de sete registros à majoritária, em 2016, segundo levantamento do instituto Data Folha.
A preço de hoje (15), Patos já conta com 08 (oito) postulantes à vaga de prefeito, mesmo sem 2º turno, podendo chegar a impressionantes 10 ou 11 pré-candidaturas, mediante as novas configurações e costuras políticas. Muito embora, como as convenções dos partidos acontecem de 20 de julho a 05 de agosto, é possível que muitos desses nomes não passem de “cavalos paraguaios”.
O engraçado é que a cidade vive talvez a maior crise político-administrativa de sua história, com um déficit acumulado de aproximadamente R$ 80 milhões de reais, enfrentando problemas com o pagamento de funcionários e fornecedores, e tendo que conviver com prefeitos interinos desde o afastamento de Dinaldo Filho, em agosto de 2018.
Para os mais pessimistas “a barca tá furada”. Então, o que faz essa corrida ser tão atrativa num cenário que se apresenta de dificuldade extrema?
Neste final de semana, a vereadora Edjane Araújo, aproveitando-se da janela partidária, filiou-se ao PDT e também garantiu seu lugarzinho na fila dos inquilinos do palácio Clovis Sátiro, com os já conhecidos: Érico Djan (CIDADANIA), Héber Tiburtino (DEMOCRACIA CRISTÃ), Jamerson Ferreira (PL), Josmá Oliveira (PATRIOTA), Lenildo Morais (PT) professor Jacob (REDE) e Vieirinha (SEM PARTIDO). Faltando a definição de Ivanes Lacerda (MDB) e do candidato do grupo Mota, que deve ser mesmo o ex-prefeito Nabor Wanderley (PRB). Ainda correm por fora, Lucinha Peixoto (PCdoB) e o médico Umberto Joubert, que ingressou no DEMOCRATAS.
O artigo 36-a da lei de nº 13.165 de 2015, diz que é permitido a pré-candidatos declararem publicamente sua suposta candidatura, “desde que não envolva pedido explícito de voto”. A questão é: quais desses “Salvadores da Pátria” estão preparados para o amplo debate, a partir da exposição de plataformas e projetos políticos que realmente transformem a cidade para melhor? Sim, digo isso porque de bem-intencionados o inferno está cheio. Com a palavra, o eleitor.
*Misael Nóbrega de Sousa