(24/03/2020)
Essa não é uma história de morte, mas um testemunho de vida: Se é verdade? É inspiradora!
“O nome dele era Giuseppe Berardelli, de Bergamo, norte da Itália, onde a doença está ceifando vidas de maneira trágica (6.077 em todo o país, no momento em que deito estas mal traçadas). Don Giuseppe morreu após testar positivo para o coronavírus, mas não exatamente por isso.
Ele resolveu se sacrificar por outra pessoa, conta a mídia local.
Aos 72 anos, o religioso abriu mão do respirador de que precisava e que sua comunidade havia comprado apenas para ele. Deu o aparelho para um desconhecido usar, mais jovem que ele”.
Os moradores de Casnigo aplaudiram de suas janelas e varandas quando o caixão foi levado para o enterro. Não houve funeral.
Um representante da enfermaria médica do hospital Capitanio e Gerosa, onde Berardelli morreu, disse ao Crux, um jornal independente que se concentra em notícias relacionadas à Igreja Católica, que não era possível fornecer nenhuma informação devido às suas políticas de privacidade.
O que interessa sabermos é que Don Giuseppe Berardelli, “uma pessoa carismática e com muita fé”, morreu como padre.
Hoje (24), o presidente Jair Bolsonaro fez o contrário: ao invés de proteger o país para o qual foi eleito com tão nobre finalidade, incentivou que voltássemos à normalidade de nossas vidas: como se nada de grave estivesse acontecendo nem aqui e nem em outros lugares do mundo.
Criticou a imprensa por provocar pânico nas pessoas, potencializando as informações da Covid-19, a qual considera apenas uma “gripezinha…”
Eu não conheço Madri, não conheço Paris, Roma, Amsterdam ou Bergamo… – Eu não conheço quase nada. Porém, orgulho-me de saber qual é o meu lugar. Estima-se ainda muitos óbitos, mesmo com os esforços de contenção, supressão e mitigação… muitos…
Mas, se ao invés de pandemia fosse mesmo uma “gripezinha…” – E, se apenas, algumas pessoas morressem… – E, se ainda assim, eu tratasse o caso com indiferença, o que eu seria? Santo eu não seria…. – Acho que eu seria o presidente do Brasil.
Misael Nóbrega de Sousa*