O anúncio feito por Dinaldinho de que está assumindo o comando do MDB local pegou a todos de surpresa. Quando ele anunciou que faria um pronunciamento nas redes sociais nesta quarta-feira, levantaram-se hipóteses sobre o que de fato seria a novidade. Houve quem levantasse a suposição de que renunciaria e muitos comentavam as consequências politicas que isso acarretaria. Conversando com pessoas do seu círculo familiar ouvi a garantia de que jamais haveria renúncia. Eu próprio esperava um anúncio de apoio ao Dr. Ramonilson, cuja presença no cenário político local ele próprio me antecipara.
Agora me perguntam o que representa para o quadro político local o seu anúncio. A primeira vista suscitam esperanças de que ele possa voltar a assumir a administração local com o patrocínio do senador José Maranhão que o convidou a assumir o comando do MDB.
Se este retorno à administração da cidade de Patos acontecer, vai depender de quando isto acontecer o protagonismo que ele terá nas próximas eleições. Se acontecer a tempo de disputar uma reeleição terá um resultado. Se a tempo apenas de influir no quadro local terá outra consequência. Mas pelo que se comenta ele deverá tentar a reeleição de qualquer maneira, já que, como não foi condenado por qualquer motivo, está de posse de seus direitos políticos e nada o impede de concorrer. O problema será se vai conseguir remontar o MDB que os Mottas abandonaram como “terra arrasada” a tempo de contar com uma infraestrutura política mínima para a disputa.
A grande ironia de assumir o comando do partido de que seu grupo sempre foi adversário é que a grande incógnita do momento. O MDB local praticamente não mais existe, pois foi levado de roldão para o PRB pelos deputados Hugo Motta e Nabor Wanderley e a grande líder do partido Francisca Motta. Em tese só ficariam no partido os emedebistas históricos. Mas tradicionais adversários de Dinaldo, até quando ficarão no partido?
Restará a Dinaldinho atrair para seu novo partido os correligionários do seu pai Dinaldo que o têm acompanhado ao longo dos anos, independente de em que partido esteja, PSDB, PFL ou DEM. De qualquer maneira, o grupo detém um capital eleitoral que ainda pode decidir as eleições municipais em Patos, seja com candidato próprio, seja indicando um vice, seja simplesmente apoiando uma chapa formada por outros partidos.
Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos próximos, terminou neste sábado, 04 de abril, o prazo para as filiações partidárias. Vamos esperar para ver se o MDB patoense, agora sob o comando do prefeito afastado Dinaldinho Wanderleu, teve tempo suficiente para filiar um número suficiente de pré-candidatos para montar uma chapa própria para vereador com as transferências de lideranças ligadas ao grupo de Dinaldo para o novo partido.
Só o tempo nos dirá a partir de agora, as chances de cada partido de se tornar viável nas disputas das eleições deste ano.
Afinal o futuro a Deus pertente. Mas a estas alturas até remontar o MDB fica difícil, mas, apesar disso, o partido certamente terá protagonismo nas próximas eleições. Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos.
PS: No final da tarde deste sábado tivemos a informação de que o MDB conseguira número suficiente de pré-candidatos para montar a sua chapa de vereador, tendo se dado ao luxo de recusar determinados vereadores com mandato, cuja concorrência não interessava aos demais candidatos. (LGLM)