(Patos Online)
A reportagem da Rádio Espinharas de Patos conversou com o gerente da Vigilância Sanitária de Patos, João Paulo Lacerda, e na oportunidade buscou saber como anda a fiscalização no tocante aos casos de aglomerações de pessoas em alguns órgãos e estabelecimentos privados, tendo em vista o decreto que determina algumas regras como prevenção contra o coronavírus.
João Paulo contou que o problema maior está sendo o comportamento da população, que não tem obedecido às recomendações e determinações do decreto.
Ele detalhou que recentemente recebeu denúncias informando sobre aglomerações nas agências bancária do centro, e que conforme a constatação os estabelecimentos foram notificados para tomar providências.
Mesmo promovendo organização dentro das agências e evitando aglomerações, João Paulo disse que as pessoas continuaram se aglomerando no ambiente externo.
Ele ressaltou que a maioria dessas pessoas são idosas, e que tendem a não respeitar as orientações repassadas pela equipe de fiscalização.
João Paulo também alertou que existe o risco real de aumento de casos do coronavírus na cidade de Patos, caso as pessoas continuem oferecendo resistência para tomar as medidas de segurança.
E também chamou a atenção para a falta de estrutura para atender muitos casos, uma vez que o município não dispõe de condições adequadas para dar conta de uma demanda muito alta de pessoas infectadas.
Neste caso, esses pacientes devem ser encaminhados para Campina Grande e João Pessoa.
E mais uma vez reforçou que o decreto municipal deve ser levado a sério, com as pessoas evitando sair de casa e evitando aglomerações desnecessárias.
Comentário nosso – Concordo com as preocupações de João Paulo. Muita gente está brincando com o coronavírus. Os americanos também brincaram e hoje estão morrendo duas mil pessoas por dia, no país mais rico do mundo, com a medicina mais avançada. Concordo também com João Paulo em sua preocupação pela falta de condições da nossa rede saúde atender aos contaminados pelo coronavírus. O Secretário de Saúde descartou a possiblidade de instalar um hospital provisório em Patos só para atender os doentes graves de todo o sertão vítima dos coronavírus. A desculpa do Governo da Paraíba é que só haverá hospitais de referência em Campina Grande e João Pessoa. Você já pensou na situação de um doente grave em Princesa Isabel, Conceição, Cajazeiras e Catolé do Rocha distantes 350km de Campina Grande e que poderia ser atendido com a metade desta distância se houvesse um hospital de referência em Patos? E outras perguntas. Como é que estes doentes serão transportados para Campina Grande? Haverá ambulâncias equipadas e com equipes devidamente preparadas para acompanhar estes doentes até Campina Grande? Ou os doentes ficarão sujeitos a morrer no meio do caminho ou mesmo em Campina Grande se os hospitais de lá já estiverem superlotados? (LGLM)