(24/05/2020)
É redundante dizer o que todos já disseram, principalmente em se tratando de uma despedida onde as palavras são praticamente sinônimas…
Escrever sobre alguém é relativamente fácil para quem é do ofício. Não é preciso nem o ter conhecido, apenas saber que existe já é suficiente para se criar uma imagem quer seja negativa ou positiva, a bem do contexto.
Porém, para dar um testemunho sobre uma pessoa é preciso ter convivido com ela. Aquilo que sentimos, não tem como ser inventado. “Pois a boca fala do que está cheio o coração”
Em seu post mortem vão constar que Dinaldo Medeiros Wanderley foi advogado, economista, empresário, jogador de futebol, prefeito de patos por dois mandatos consecutivos, de 1997 a 2005, e deputado estadual (2006); e que Patos e a Paraíba perderam, ontem, dia 24, um domingo chuvoso de maio, um de seus políticos mais carismáticos e populares. Porque essas foram as conquistas dele. E, por isso, simples de encontrar em qualquer obituário.
Agora, o que Dinaldo representou para aqueles que conviveram com ele. A quem ele amou e por quem foi amado… – Isso é algo impossível de se capturar, mesmo que eu escolhesse as palavras mais apológicas do nosso dicionário… – Pois, além de não ter como saber todas as histórias, também não há razão para que o bajule. “A história é testemunha do passado, luz da verdade”.
Dinaldo foi ao velório do meu pai, e como não posso retribuir a gentileza já orei, em gratidão.
Os seus adversários políticos não podem mais acusá-lo, pois ele não está mais aqui para se defender… – E, também, não podem perdoá-lo, pois o jugo é divino. E, há, ainda, aqueles que preferem calar, por razões de foro íntimo. O que nós podemos fazer, em respeito, é deixar que Dinaldo descanse, eterno.
“Se o bem não fiz a todos, o mal não fiz a ninguém”.
*MISAEL NÓBREGA DE SOUSA