(Jozivan Antero – Patosonline.com)
Está cada vez mais difícil fazer cumprir os decretos estaduais e municipais que determinaram fechamento de serviços não essenciais e a proibição de aglomerações de pessoas diante da pandemia do novo coronavírus, COVID – 19. Nesta quinta-feira, dia 04, as equipes de fiscalização da Secretaria de Vigilância Sanitária do Município de Patos foram hostilizadas no centro da cidade.
De acordo com informações, a fiscalização da Secretaria de Vigilância, que busca fazer cumprir o Decreto Municipal 28/2020, sofreu pressão de pequenos comerciantes que se aglomeram no cruzamento da Rua Leôncio Wanderley com a Rua Bossuet Wanderley, Centro de Patos. A Guarda Municipal e a guarnição da Polícia Militar teve que intervir para acalmar os ânimos que se exaltaram. Com o diálogo, se evitou agressões.
João Marcelo, que compõe a equipe de fiscalização, relatou que o objetivo é orientar os proprietários de estabelecimentos comerciais para cumprir o decreto, porém, tem sido cada vez mais difícil trabalhar neste serviço. “…a gente sabe que se tratam de trabalhadores, de gente que quer realmente ter o seu sustento e trabalhar, conseguir seu pão de cada dia. O objetivo do nosso trabalho é orientar, é tentar diminuir essa questão dessa doença, é diminuir essa curva de contaminação para proteger a saúde da população…”, disse João.
Existe toda uma pressão por parte dos comerciantes para que as empresas voltem a funcionar. Os trabalhadores, sentindo os reflexos da queda na renda, buscam formas de se adaptarem a situação diante da pandemia do novo coronavírus, COVID – 19. Os números de contaminados e mortos crescem assustadoramente e se teme um colapso total no sistema de saúde, no entanto, se enfrentam também dificuldades econômicas e o conflito é notório.
Comentário nosso – Quando será que a população vai se conscientizar de que só com o isolamento social será possível diminuir a contaminação pela COVID-19 e promover a reabertura do comércio, da indústria e dos serviços? Se houvesse maior compreensão da população, se esta se prevenisse espontaneamente usando os equipamentos necessários para evitar a contaminação. Se essa restringisse ao máximo a circulação pelas ruas para evitar levar para casa o vírus. Se essa se convencesse de que quanto mais gente contaminada, mais gente haverá procurando os hospitais. Se a população se conscientizasse de que as vagas em hospitais são limitadas e daqui há pouco vai morrer gente pelas calçadas por falta de assistência, aí sim, haveria menos gente circulando e seria possível uma abertura controlada das empresas de todos os ramos e de todos os tamanhos. Sem esta compreensão de parte da população, a parca fiscalização existente vai ser insuficiente para controlar a circulação e novas medidas de controle da circulação terão que ser tomadas. A exemplo do que já está acontecendo, por exemplo, em João Pessoa e Campina Grande. Em Patos ainda existe alguma liberdade, mas se continuar a crescer o número de contaminados, em breve terá que ser implantado o “lockdown” ou que nome lhe queiram dar, com a presença de bloqueio nas ruas, impedindo a circulação de veículos e pessoas. (LGLM)