(Por Genival Junior – Patosonline.com)
O advogado especialista em direito eleitoral, Alexandre Nunes, comentou no jornal Notícias da Manhã desta sexta-feira, 12, o julgamento do prefeito afastado de Patos, Dinaldo Filho (Dinaldinho), que está marcado para a próxima quarta-feira, 17 de junho, no Tribunal de Justiça da Paraíba.
Alexandre Nunes explicou que a reanálise da manutenção ou não das medidas cautelares que resultou no afastamento de Dinaldinho ao cargo, será feita pelos plenário do Tribunal de Justiça, formado por 19 desembargadores, prevalecendo o resultado em maioria simples para a manutenção ou não das medidas cautelares, com entendimento que favorecer a volta de Dinaldinho em caso de empate no resultado da votação.
Alexandre considerou que o plenário poderá levar em conta o período de afastamento do prefeito e o fato dele não ter sido ouvido ou julgado de forma definitiva até o presente momento.
Dinaldinho completará um ano e dez meses de afastamento no próximo domingo, 14 de junho. Ouça o que disse o advogado Alexandre Nunes.
Comentário nosso – A expectativa é grande pela volta de Dinaldinho. Esta semana conversei com um amigo que frequenta as rodas jurídicas do Estado e perguntei-lhe o que se podia esperar deste julgamento de Dinaldinho, marcado para a próxima quarta-feira. Ele me respondeu suscitamente: “A surpresa é se ele não voltar para a prefeitura”. Eu considero a fonte como “quente”. E diante dessa possibilidade eu pergunto: E quem vai indenizar Dinaldinho pelo prejuízo que sofreu neste ano e dez meses de afastamento, inclusive com a possibilidade de tornar inviável uma possível tentativa de reeleição? Quem vai indenizar a população da cidade pelo prejuízo que sofreu durante a instabilidade administrativa, em que pese os esforços dos diversos interinos. Interino nunca pode tomar medidas de longo prazo, pois não sabe se vai ter tempo de implantá-las, não tem a confiança dos fornecedores que não sabem se amanhã ele continua prefeito e paga o que lhes deve e assim por diante. Com relação ao impacto político da volta. Que vantagem vai ter para Dinaldinho ser prefeito por apenas seis meses? Ganhará impulso suficiente para tentar uma reeleição? A ganância de alguns dos que ficaram de fora durante vinte e dois meses e que agora esperam voltar, será aplacada ou vão tentar tirar o atraso, arriscando-se a com isso voltarem a prejudicar Dinaldinho? Seus partidários desapontados por este período fora do poder serão suficientes para garantir-lhe uma reeleição, ou a estas alturas já se comprometeram com outros candidatos? Qual será a melhor opção para Dinaldinho? Uma tentativa de vitimização e um apelo à memória do pai para pavimentar uma reeleição? Um retorno vitorioso e uma desistência do resto do mandato, para tentar dar a volta por cima em 2022, como candidato a deputado para manter a tradição política da família, tão bem encarnada pelo pai? (LGLM)