Conduta de Frederick Wassef ao abrigar Queiroz divide jurista

By | 21/06/2020 6:20 am

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(Jota Info)

 

Os jornais desta sexta-feira estão, naturalmente, dominados pela prisão de Fabrício Queiroz e os impactos políticos que ela poderá trazer para o governo Bolsonaro. No que guarda relação mais jurídica, vale destacar reportagem da FOLHA DE DE S.PAULO apontando que “só uma investigação mais aprofundada” pode definir se o advogado Frederick Wassef poderá ser enquadrado em algum crime por “abrigar” o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. A avaliação é de especialistas em direito penal consultados pela reportagem. Em teoria, a conduta poderia ser enquadrada como crimes de favorecimento pessoal e de obstrução da Justiça.

Sobre o mesmo assunto, juristas consultados pelo O ESTADO DE S.PAULO informam que é “improvável” que Wassef possa responder a um processo por obstrução da Justiça. Uma das teses defendidas é que Queiroz não era considerado foragido até o momento em que foi determinada sua ordem de prisão. “Não há nenhum crime previamente estabelecido que proibisse Queiroz de estar dentro daquela residência”, diz ao jornal o criminalista Fernando Castelo Branco, professor do Instituto de Direito Público (IDP).

A coluna de Mônica Bergamo, também na FOLHA, traz as opiniões do ministros do STF sobre a prisão de Queiroz. Para os magistrados, o caso pode ter consequências “imprevisíveis”. Um deles acredita que o senador Flávio Bolsonaro poderá ser cassado se as provas confirmarem o envolvimento dele no esquema das rachadinhas ou na tentativa de obstruir a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Por fim, ESTADÃO informa que a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação deve “distensionar o fogo cruzado” entre o STF e o Palácio do Planalto. A reportagem colheu a opinião dos ministros da corte que receberam o anúncio como um “gesto de trégua” do governo. Os magistrados, no entanto, criticaram a demora do Executivo para definir a troca de comando na pasta.

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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