(G1)
O Senado aprovou o adiamento das eleições municipais deste ano. A proposta de emenda constitucional (PEC) que recebeu aval dos senadores adia o primeiro turno para 15 de novembro, e o segundo, para o dia 29 do mesmo mês. O texto também estabelece prazos para convenções partidárias e registro dos candidatos. Agora, a proposta será avaliada pela Câmara dos Deputados.
O que está acontecendo: não há maioria na Câmara para aprovar a PEC, segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia. Deputados têm sido pressionados por prefeitos para manterem as eleições em 6 e 24 de outubro.
Comentário nosso – O chamado Centrão, encabeçado pelo partido dos filhos de Bolsonaro, o Republicanos, é contra o adiamento das eleições, por influência dos prefeitos e vereadores candidatos à reeleição, que alegam que o adiamento beneficia os seus adversários que terão mais tempo para fazer campanha. Um dos defensores desta posição é o prefeito Pastor Crivela, do Rio de Janeiro, filiado ao partido Republicanos, ligado à Igreja Universal. A pretensão do Centrão é derrotar a emenda do adiamento das eleições quando esta for submetida à votação na Câmara. Entretanto, já há quem admita que neste caso, o próprio TSE poderia adiar as eleições, alegando a impossibilidade de realizá-las na data anteriormente prevista, por conta da COVID 19. (LGLM)