Projeto prevê sistema online para que gestor selecione produtos de seu interesse, invertendo a lógica de contratação atual
(Guilherme Pimenta, no Jota Info)
O Ministério da Economia quer colocar no ar um sistema online de marketplace para licitações públicas até o fim deste ano. Com a plataforma, fornecedores poderão colocar seus produtos em uma prateleira à disposição dos órgãos públicos, invertendo a ordem atual de contratação.
Em entrevista ao JOTA, o secretário de gestão do Ministério, Cristiano Heckert, explicou que a ideia inicial é utilizar o marketplace para dispensas de licitação. Numa segunda fase, o serviço seria expandido às demais modalidades de contratações públicas.
Em casos de dispensa de licitação, hoje, o poder público precisa abrir um edital para a aquisição de um bem, cabendo às empresas se enquadrarem nos requisitos mínimos. Após receber as propostas, então, realiza a contratação.
No novo sistema, o produto já estará à disposição para contratação, bem como os preços e as informações técnicas da mercadoria. O modelo será acessível para empresas próprias de marketplace ou de fornecedores diretos, desde que credenciados.
“Além de estimular a competição, a medida trará celeridade, já que funcionará como uma prateleira com várias propostas, que facilitará a fase de pesquisa de preços por parte dos órgãos”, afirmou Heckert.
Comentário nosso – Garanto como os políticos e os empresários vão colocar todo obstáculo para evitar a implantação deste sistema. Afinal, as licitações são fontes de maracutaias de todo o tipo. Basta ver o exemplo do que aconteceu agora durante a epidemia, quando justamente por não haver licitação, nem haver como comparar os preços, os produtos eram ofertados e comprados sem nenhum controle. Os produtos eram vendidos por preços aumentados muitas vezes. Se este sistema já existisse bastava os governadores e prefeitos consultarem o sistema e comprarem os produtos pelos menores preços ofertados, sem necessidade de licitação. (LGLM)