Câmara aprova novo Fundeb com 23% de repasse da União (veja comentário)

By | 26/07/2020 10:00 am

Proposta foi aprovada em dois turnos depois de acordo de última hora com o governo

(Débora Brito no Jota Info)

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21/7), em sessão remota, a PEC 15/2015, que torna o Fundeb permanente e aumenta o percentual de complementação da União de 10% para 23%. Os deputados aprovaram o texto relatado pela deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO) por 499 votos favoráveis no primeiro turno e 492 na segunda rodada de votações.

 

Foram cinco anos de debate na Câmara. A versão aprovada pelos deputados destina 5% da complementação da União para a educação infantil, percentual definido nas vésperas da votação, em acordo feito com o governo federal. O total de 23% será alcançado de forma gradual, a partir de 2021, com o percentual de 12%.

 

O texto que passou na Câmara modifica a forma de redistribuição dos recursos e adota um modelo híbrido para ampliar o número de estados e municípios contemplados com o repasse federal. O novo critério leva em consideração o chamado valor aluno ano total (VAAT), que tem como parâmetro de distribuição a capacidade de financiamento das redes de ensino.

 

O novo índice vai balizar o repasse de 10,5% dos recursos federais para redes de ensino que apresentarem mais necessidade.  Metade dos recursos destinadas às redes de ensino será direcionada à educação infantil.

 

Para 2,5% dos recursos da União, o critério de distribuição será baseado nos indicadores de aprendizagem e redução de desigualdades apresentados pelos municípios. E, para 10% da complementação, as regras não mudam, pois já se destinam a estados e municípios pobres.

 

A previsão é que as mudanças trazidas pelo novo Fundeb possam permitir que 24 estados recebam os recursos. Hoje, o Fundeb chega a nove estados. No ano passado, o fundo movimentou cerca de R$ 156,3 bilhões, sendo que 90% dos recursos eram dos estados e municípios.

 

Também foi acordado com o Executivo que pelo menos 70% dos recursos estaduais e municipais poderão ser destinados para a remuneração dos profissionais de educação. No entanto, a emenda  aprovada deixa a definição de um piso salarial do magistério para lei futura.

 

A PEC determina ainda que a cada ano, quando do aumento do aporte da União, os recursos “novos” devem ser destinados no percentual mínimo de 15% para investimentos (obras em escolas, compra de equipamentos, informatização das unidades escolares).

 

A chamada cesta do Fundeb, composta por diferentes impostos, passa a ter recursos da exploração de petróleo e gás natural. A previsão de destinação de recursos da lei Kandir para o pacote de sustento do fundo foi suprimida por destaque em plenário durante a votação em primeiro turno. 

 

A PEC do Fundeb segue para análise do Senado. 

 

Comentário nosso – O Brasil realmente precisa disso: Educação. Sem Educação nunca sairemos do Terceiro Mundo. O professor é quem forma o médico, o advogado, o engenheiro, o enfermeiro, o militar, o ministro religioso, o cidadão consciente e todo mundo afinal. Sem ele o que seria de nós? Infelizmente é muito mal remunerado o que desestimula os bons mestres e os obriga a uma jornada cansativa para ganhar o suficiente para viver. (LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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